No
último dia 13 de abril, de 2012 a população monteirense se deparou com o
falecimento de uma criança recém-nascida com apenas 15 (quinze) dias,
alegando-se inicialmente que a criança teria caído no chão, enquanto a sua irmã
de apenas 4 (quatro) anos a pegava nos braços. A criança foi internada no
Hospital Regional de Campina Grande e veio a falecer cinco dias após a chegada
no hospital, devido a suposta queda, fato noticiado por toda a imprensa estadual,
como também pela imprensa Nacional.
Inicialmente
a genitora da criança, Edilene Figueira da Silva, atribuiu várias versões para
a queda da filha, contradizendo-se às vezes, quando a Polícia Civil desconfiou
da veracidade dos fatos e iniciou uma investigação minuciosa, com o intuito de
apurar por toda a sua extensão a realidade dos fatos.
O
procedimento foi instaurado e presidido pela ilustre autoridade policial, Dr.
Gilson Duarte Rosas, delegado coordenador da Comarca de Monteiro, que de forma
diligente e eficaz ouviu várias pessoas e, após 15 (quinze) dias do falecimento
da criança, a Delegacia teve ciência que a criança de 4 (quatro) anos, irmã da
falecida, estava atribuindo outra versão aos fatos na sua escolinha, na cidade
de Monteiro. Imediatamente Dr. Gilson comunicou o novo fato ao Conselho
Tutelar, desta Comarca, que encaminhou a criança para a Delegacia Regional e
ela confirmou que "sua irmã tinha morrido, não por sua culpa, mas por que
o seu pai teria jogado ela no chão e se ela falasse a verdade iria
apanhar". Ainda na Delegacia, toda a denúncia foi gravada e
disponibilizada ao Judiciário e ao Ministério Público, desta Comarca.
Diante
das informações, foi feita a reinquirição da genitora, Edilene Figueira da
Silva, após a Polícia Civil noticiar o vídeo de sua filha, confirmando a
verdade dos fatos, ela disse no procedimento: "Que Michel pegou a filha de
15 dias de nascida pela barriga e a jogou com força em cima do sofá; que o sofá
da casa da declarante está quebrado e com as madeiras expostas; que a
declarante acredita que Ana Luíza tenha batido a cabeça nas madeiras do sofá;
que as manchas avermelhadas que Ana Luíza tinha no tórax devem ter sido
provocadas "quando ele pegou com a mão na barriga da menina…" Ela
afirmou ainda que estava sendo forçada a mentir e se tivesse falado a verdade à
Polícia, ele teria a matado. As ameaças também se estenderam para a filhinha de
quatro anos, que demonstrou medo do seu genitor, caso ele soubesse que ela
teria dito a verdade para a Polícia.
O
laudo pericial noticiou que a recém-nascida faleceu devido à queda. As
investigações da Polícia Civil concluíram que a criança realmente morreu devido
a pancada, mas ela foi oriunda da ação por parte do pai da criança, Luiz
Michel, que agiu de forma dolosa, pois ele assumiu o risco que a criança viesse
a morrer, pois se qualquer pessoa pegasse uma criança recém-nascida pela
barriga e a jogasse no sofá com madeira o resultado seria a morte. Assim, não
se impõe dúvidas da incidência do dolo eventual e a imputação do crime de
homicídio em desfavor de Luiz Michel.
Pela
gravidade das denúncias, Dr. Gilson Rosas representou pela prisão preventiva em
desfavor de Luiz Michel Rodrigues da Silva, sendo expedido pela Vara da Comarca
de Monteiro, representada pelo Dr. Alexandre José Gonçalves Trineto, Juiz de
Direito, imputando os crimes de homicídio qualificado (dolo eventual) e coação
no curso do processo ao investigado.
Na
madrugada de hoje, terça-feira (08) de maio do corrente ano, foi deflagrada uma
operação, coordenada pelo Delegado Regional Danillo Orengo e por Dr. Iury, com
participação do GTE – Grupo Tático Especial e por outros policiais civis, dando
cumprimento à ordem judicial, prendendo por mandado de prisão preventiva o acusado,
Luiz Michel Rodrigues da Silva, no Sítio Salinas, em Monteiro.
A
4ª DRPC está diligente nos crimes de repercussão na região do Cariri e nos
crimes de homicídio, quase todos com autorias definidas. O Delegado Regional,
Dr. Danillo Orengo, afirmou que "nenhum crime ficará sem resposta no
Cariri Paraibano, estamos trabalhando insistentemente para diminuir a
criminalidade no Cariri e outras prisões ocorrerão. Quem não trilhar o caminho
da Lei, com certeza irá se deparar com a Polícia Civil e pagará com a sua
liberdade", disse o delegado.
Fonte: De Olho no
Cariri