quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Jeová Campos critica aprovação de projeto que altera regras de registro de agrotóxicos e diz que Lula revogará

“O Brasil já liberou mais de dois mil agrotóxicos nos últimos quatro anos e essa lei chega para incentivar ainda mais o uso desenfreado de veneno na produção de alimentos no Brasil. Isso é um absurdo e se ela também for aprovada no Senado e sancionada por Bolsonaro, certamente terá vida breve, pois Lula, que será nosso próximo presidente, com certeza, não vai concordar com tal descalabro que compromete a saúde do brasileiro que, cada vez mais, adoece com câncer também causado por uso indiscriminado de agrotóxicos em nossos alimentos”, afirmou, o deputado estadual e presidente da Comissão de Desenvolvimento, Turismo e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Jeová Campos.

O parlamentar se referia ao Projeto de Lei 6299/02 aprovado nesta terça-feira (09) pela Câmara dos Deputados, por 301 votos a favor, 150 contra e duas abstenções. O PL revoga a lei atual sobre agrotóxicos (Lei 7.802/89), mantendo alguns de seus dispositivos e revogando outros fixando prazo para a obtenção de registro de agrotóxicos no Brasil, centralizando no Ministério da Agricultura as tarefas de fiscalização e análise desses produtos para uso agropecuário e ainda prevê a concessão de registro temporário se o prazo não for cumprido.

“De fato a legislação que rege essa matéria é antiga, data de 1989 e não atende mais as necessidades técnicas de avaliação dos produtos, mas, daí a liberar o uso de agrotóxicos desta forma, centralizar decisões importantes apenas no Ministério da Agricultura, que hoje defende o agronegócio, é como bem disse a Miriam Leitão: é entregar o galinheiro para a raposa tomar conta”, afirmou Jeová, lembrado que esse ‘PL do Veneno’ é um retrocesso na política nacional de produção de alimentos. “Esse governo está acabando com o país e agora quer comprometer a saúde dos brasileiros e nós não podemos aceitar isso calados”, criticou o parlamentar, destacando que se o PL for aprovado no Senado do jeito que está uma série de exigências que tornam mais seguro a produção de alimentos no país deixam de existir em detrimento da saúde do povo. “Vamos lutar contra isso, mas, se for aprovado e sancionado, Lula revogará em 2023”, finaliza Jeová.


Assessoria