terça-feira, 13 de abril de 2021

Diabético e com 60% dos pulmões comprometidos patoenese que recebeu alta do Complexo é prova viva que a doença pode ser vencida

Nas duas últimas semanas, a vida do patoense Ronnier Cleber Marques Leite, de 54 anos, morador do bairro do São Sebastião, deu uma guinada significativa por causa do Covid. No final de março, Ronnier começou a apresentar alguns sintomas da doença e começou a tratar-se em casa, mas com o agravamento dos sintomas, que incluía falta de ar e cansaço, foi levado pela filha, Lays Leite, a UPA de Patos, na última quinta-feira (08) de onde foi transferido, poucas horas depois, para o Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro (CHRDJC), onde permaneceu cinco dias internado na Enfermaria Clínica do isolamento. O detalhe é que além do comprometimento de 60% dos pulmões, identificado através de tomografia computadorizada em exame feito no Centro de Imagem do Complexo, Ronnier também tinha associado à doença uma comorbidade que agrava o quadro de doentes com coronavírus: ele é diabético. Mas, essa história acabou com final feliz e em superação na manhã desta terça-feira (13), quando Ronnier voltou para casa e reencontrou sua esposa Ana.

“Foram dias de muita reflexão, mas, sobretudo de gratidão aos profissionais que tão bem cuidaram de mim no hospital. Essa minha internação mudou completamente o meu conceito do serviço do Complexo, pois pude acompanhar de perto todo o cuidado que os profissionais do hospital tiveram comigo e com todos lá. Patos está num patamar muito elevado de assistência, o cuidado com a medicação, com a higienização, com o acolhimento, as refeições são muito boas, a equipe, sem distinção de médicos, enfermeiras, técnicos,  realmente trata os pacientes com muita atenção e cuidado e estou muito feliz de constatar que  minha cidade está muito bem preparada e equipada para tratar os doentes não apenas de Covid. Me senti acolhida e muito bem cuidado”, disse Ronnier.

Segundo ele, em nenhum momento ele perdeu as esperanças de ficar curado. “É claro que essa doença assusta. Você vê a todo o momento gente morrendo e eu tinha o agravante de ter 60% dos pulmões já comprometidos e de ser diabético, mas a equipe do hospital, sempre muito atenta e carinhosa, não deixava a gente entristecer, nem faltou nada. O apoio da família, dos amigos também foi importante, assim como a possibilidade de ficar com meu celular, que me permitia fazer ligações e até chamadas de vídeo durante todo o tempo que estive internado. Como o Covid é uma doença que impede que alguém possa lhe acompanhar, o fato de eu poder falar com minha esposa, minha filha, meus parentes e amigos durante minha internação também foi muito importante para  minha recuperação”, disse Ronnier.

Para o diretor geral do Complexo, Francisco Guedes, depoimentos como o deste paciente são fundamentais não apenas para atestar a eficiência da prestação de serviço da unidade, mas, também por atestar que as chances de cura e alta são relevantes quando se tem Covid. “Esse paciente, por exemplo, tinha 60% dos pulmões comprometidos e ainda apresentava uma comorbidade que é a diabetes, mas, com tratamento adequado, ele com seguiu se recuperar e ter alta hoje. E nós ficamos muito felizes de poder fazer a diferença na vida das pessoas e ser o suporte necessário em um  momento como esse”, destacou Francisco. O diretor lembra que desde que o Complexo começou a tratar de pacientes com suspeita ou diagnóstico de Covid, em março do ano passado até março deste ano, 1505 pessoas já foram tratadas no setor de isolamento Covid da unidade, das quais 1018 obtiveram alta. Infelizmente, 488 não puderam voltar para suas casas e para suas famílias como fez na manhã de hoje, o Sr. Ronnier que vai continuar tomando medicações em casa e, daqui a duas semanas volta ao Centro de Imagem do Complexo para fazer nova tomografia e acompanhar a evolução de seus pulmões.


Assessoria