Nesta semana, Bio-Manguinhos
prevê liberar 2 milhões de doses
Nesta semana, o Instituto de
Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) prevê liberar 2 milhões de doses
da vacina contra covid-19. Entre 12 e 17 de abril, mais 5 milhões serão
disponibilizadas ao Ministério da Saúde. Nas semanas seguintes, serão entregues
4,7 milhões, de 19 a 24 de abril; e 6,7 milhões, de 26 de abril a 1 de maio.
O cronograma da Fiocruz
prevê que 100,4 milhões de doses serão produzidas em Bio-Manguinhos até julho,
a partir de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado da China.
Até 2 de abril, 4,1 milhões
de doses foram produzidas no Brasil e entregues ao Ministério da Saúde, e mais
4 milhões foram importadas prontas da Índia, onde foram fabricadas pelo
Instituto Serum.
A última entrega feita pela
Fiocruz ao PNI foi realizada na sexta-feira da semana passada, quando 1,3
milhão de doses foram liberadas para distribuição aos estados e municípios.
A Fiocruz chegou a prever
que liberaria 27 milhões de doses em abril, mas revisou esse cronograma e
reduziu a previsão para 18,8 milhões. Segundo nota divulgada pela fundação,
"por tratar-se de uma nova tecnologia e da complexidade de implantação da
produção da vacina covid-19, foram necessários ajustes no cronograma".
A produção da vacina em
Bio-Manguinhos ocorre graças a um contrato de encomenda tecnológica assinado no
ano passado com os desenvolvedores da vacina: a farmacêutica anglo-sueca
AstraZeneca e a Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Calendário - A
Fiocruz prevê entregar 21,5 milhões de doses em maio, 34,2 milhões em junho e
22 milhões em julho. Para produzir essas vacinas, Bio-Manguinhos conta com a
chegada de carregamentos de IFA vindos da China. Até o momento, já estão no
Brasil insumos suficientes para a produção de 35 milhões de doses, o que cobre
a produção até maio.
O último lote de IFA, com o
necessário para produzir 5,3 milhões de doses, desembarcou na semana passada no
Brasil. No mês de abril, está prevista a importação de mais três remessas do
insumo. Já em maio, estão previstas quatro remessas, e o último lote chegará em
junho.
A Fiocruz também trabalha
para incorporar a tecnologia de produção do IFA à planta industrial de
Bio-Manguinhos e prevê que, no segundo semestre, será possível entregar 110
milhões de doses a partir de ingrediente farmacêutico ativo produzido na
própria instituição. Dessa forma, o Programa Nacional de Imunizações deve
receber, até o fim do ano, 210,4 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca
produzidas no Brasil, além de 12 milhões de doses importadas da Índia.
Eficácia - A
vacina Oxford/AstraZeneca tem um esquema de aplicação que prevê duas doses por
pessoa, com intervalo recomendado de 12 semanas. Segundo os estudos clínicos
realizados pelos desenvolvedores, a vacina tem eficácia de 76% já na primeira
dose, após 22 dias da aplicação. Com a segunda dose, administrada cerca de três
meses depois da primeira, a eficácia sobe para 82%. A proteção contra formas
graves da covid-19 é de 100%.
Agência Brasil