
São respostas que estão sendo encontradas por 2.200 professores da Paraíba, desses, 700 só na capital João Pessoa, na formação pelo projeto Liga pela Paz, na Escola Irmã Severina, desde a última segunda 28, finalizando hoje a qualificação, quarta-feira 30.

Desde o dia 21 deste mês que 2.200 professores de 400 escolas de 139 municípios das 14 gerências regionais de educação estão recebendo a qualificação pelo método Liga pela Paz, um projeto da instituição Inteligência Relacional, já adotado em 19 estados brasileiros. Através dele busca-se evitar consumo de drogas, estresse, violência na rede de ensino. A capacitação, nesse primeiro momento, será concluída nesta quinta-feira 31 com a 4ª GRE, em Cuité.
Nas escolas pilotos que implantaram essa metodologia que trabalha o emocional e o social dos alunos da base, do 1º ao 5º ano, os resultados têm sido muito satisfatórios, segundo Cida Uchoa, gerente de Educação Infantil e Fundamental da SES – Secretaria de Estado de Educação. Ela lembra que as escolas de nível superior que prepara professores não entenderam ainda a importância a educação emocional como disciplina, como estratégia de tratamento para o professor, o aluno e sua família.
Cida explicou que o Plano de Enfrentamento à Violência nas Escolas acontece desde 2011 no Estado, com várias ações, campanhas, mas sem a vinculação ao ensino, à pedagogia. “Por isso da importância da Liga pela Paz para permitir que os sentimentos sejam compartilhados de forma mais harmoniosa, com menos violência e que produza um aprendizado melhor. Isso é o que temos percebido nas crianças nas escolas que já vivenciam a educação emociona e social”, comentou Cida Uchoa.
Professores que estão nesse processo de formação emocional e social não escondem a ansiedade de poder trabalhar o conteúdo em sala de aula. Marcedonia Oliveira Alves, 26 anos de Magistério, da Escola Estadual Francisco Campos, do bairro Bancários, João Pessoa, enfatiza que o que mais despertou sua atenção foram os pontos principais que o programa aborda, a compreensão, tolerância, que ajuda os professores a provocar as crianças e adolescentes a refletir e melhorar o convívio com os colegas. “É um programa fantástico e estou ansiosa para começar a trabalhar com minha primeira turminha deste ano e obter bons resultados”, comenta.
A educadora Maria da Conceição Pereira diz que o programa existe em sua escola, a Fenelon Câmara em 2013. “Trabalhamos diversos temas com as crianças, como o respeito ao próximo; cidadania; violência; zelo pelo patrimônio público; valores necessários à formação de cada um”. Os resultados, segundo Conceição, vão desde o comportamento, nível de aprendizagem, menos violentos na hora de brincar, mais cordiais em sala de aula e reduziram os conflitos no lar.
A gerente operacional do Ensino Fundamental do Estado, Edvirges Soares, explica que se há em sala de aula um processo de interatividade, de paz, harmonia em toda a escola a aprendizagem acontece com maior facilidade. “Com essa metodologia o aluno se sente mais acolhido, sua autoestima se eleva. Certas dificuldades que o professor tinha antes para trabalhar os conteúdos, devido a falta de um comportamento adequado do aluno, esse projeto vem ajudar nesse sentido”, enfatizou.
Marcos Eugênio