Ex-juiz foi à capital para articular sua candidatura em 2022 e deu de cara com os manifestantes no aeroporto, inclusive representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Justiça Federal em São Paulo
Sergio Moro desembarcou em Brasília na companhia da deputada federal Renata Abreu, do Podemos. Interessante: se Moro se apresenta como cruzado da moralidade, poderia indagar à chefe do seu partido o que a antiga contadora da legenda, Fátima de Jesus Chaves, fez com os mais de R$ 360 mil que teriam sido desviados do Podemos em Santa Cruz do Rio Pardo, como contou o jornalista André Fleury Moraes, do jornal Debate.
Moro também poderia perguntar à sua nova líder a natureza da relação do marido dela, Gabriel Melo, com o empresário Peralta, que assumiu a limpeza pública da cidade. Segundo a imprensa local, o município administrado por Caio Cunha, do Podemos, pagará mais caro pelo recolhimento do lixo do que vinha pagando à antiga prestadora de serviço. O marido de Renata teria levado o Peralta para a cidade.
No saguão do aeroporto, Moro foi chamado de "vendido" e "lixo". Entre os presentes do protesto, estavam representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal em São Paulo. A manifestação foi contra a reforma administrativa, mas ao identificarem Moro o protesto se voltou contra ele.
Segundo a revista Veja, além Renata Abreu, Moro estava acompanhado do marqueteiro de sua futura campanha ao Palácio do Planalto, Fernando Vieira.
“Juiz ladrão, juiz vendido. Você é um lixo”, gritavam pouco antes de ele entrar em um carro que o levaria a reuniões partidárias. O ex-magistrado da Lava-Jato passará a semana em articulações políticas com parlamentares do DEM, PSL e Podemos em busca de alianças a seu projeto de disputar as eleições de 2022.
Moro deve entrar oficialmente no Podemos em uma semana.
Com Joaquim de Carvalho - 247