“O Brasil está vendo um Governo que não tem respeito algum pela população brasileira, moldada na escravidão de negros, e faz questão de mostrar isso com ações vergonhosas. Diversas acusações já foram feitas contra Jair Bolsonaro quanto a racismo, misoginia e homofobia. Em 2017, quando visitou um Quilombo, por exemplo, ele chegou ao disparate de dizer que ‘quilombolas tem de ser pesados em arrobas, como gado’. Ano passado, no caso do Carrefour, até a ONU teve que se pronunciar para que o Governo se posicionasse contra as agressões a João Alberto Freitas, um homem negro, que foi espancado até a morte. São absurdos que precisam, não só por justiça, mas pela vida, pela humanidade, ter um fim de uma vez por todas”, disse Jeová.
Ele destacou que o Brasil tem mais da metade de sua população negra e qualquer governante que esteja no comando não pode deixar de assumir que o país está marcado pelo racismo estrutural, isto é, que a prática cultural e institucionalizada no Brasil sempre colocou o homem branco em uma posição melhor ao mesmo tempo em que prejudicou negros, criando disparidades sociais que permanecem até hoje. “Vemos essas desigualdades todos os dias no desemprego, no trato social, na pobreza, na violência nas ruas”, comentou Jeová. Sua fala se prova com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, mostrando que quase um terço dos negros no Brasil está abaixo da linha da pobreza. O mesmo índice entre a população branca é de cerca de 15% e diversas pesquisas - do próprio IBGE, bem como de outros órgãos - escancaram a desigualdade racional no Brasil sem ir muito longe.
Governos Lula e Dilma na luta
Nos governos Lula e Dilma foram implementadas várias ações afirmativas e de promoção de igualdade racial. Jeová lembrou algumas delas. “Ao longo de seus governos, Lula e Dilma fizeram valer uma série de políticas que tinham o diálogo e o avanço das conquistas do movimento negro no Brasil como objetivos. Uma delas foi a criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial voltada à promoção da igualdade racial. Criou também a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira para a troca de conhecimento entre o Brasil e a África, e tem muito mais”, citou o deputado, lembrando a instituição do Dia da Consciência Negra no calendário escolar, a sanção do Estatuto da Igualdade Racial e a Lei de Cotas nas Universidades.
“Isso só para mostrar que quando um Governo recebe a negritude que existe em cada um dos brasileiros, e isso não é cor, é História, nós construímos um país mais justo, igualitário e democrático”, concluiu Jeová Campos, acreditando que um dia o país volte a evoluir para o bem estar social que todos almejam.
Assessoria