Segundo o deputado, embora o
Planalto negue as acusações, inclusive dizendo que a compra não foi efetuada, a
CPI tem provas de que a aquisição de 20 milhões de doses desse imunizante, no
valor total de R$ 1,6 bilhão, teria sido superfaturada em 1000%. “Documentos
obtidos pela Comissão atestam que o valor contratado pelo governo brasileiro,
de US$ 15 por vacina, o equivalente a R$ 80,70, ficou muito acima do preço
inicialmente previsto pela empresa Bharat Biotech, de US$ 1,34 por dose”,
lembra Jeová. “O Governo alega que não houve irregularidade porque a compra não
foi efetivada, mas, ele não diz que o dinheiro está empenhado para tanto. Essa
compra não foi finalizada porque o escândalo estourou antes”, afirma Jeová.
O parlamentar paraibano
lembra ainda que o envolvimento em atos de corrupção do Governo nessa questão
da compra de vacinas fica ainda mais evidente quando se chama atenção para o fato do Governo Federal
ter dito que recusou a compra do imunizante da Pfizer porque alegou que o preço
seria alto demais. “Mas, é preciso lembrar que a dose da Covaxin ia sair muito
mais cara para o Governo, na ‘bagatela’ de
US$ 5 a mais que o imunizante da Pfizer. Como explicar isso?”, questiona
o deputado, que vai mais além e questiona o por que do presidente ao tomar
conhecimento da suspeita de superfaturamento na compra de vacinas não ter
levado essa questão aos órgãos de controle. “A omissão, neste caso, se constitui
numa clara demonstração de prevaricação por parte de Bolsonaro. Esse governo
perdeu o discurso de anticorrupção e o caso da Covaxin é apenas um elemento no
meio de tantos atos que desmontam esse discurso”, finaliza Jeová.
Assessoria de Comunicação