"Alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados, sendo eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente. A ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados nessa população", diz documento. As notas técnicas que demonstram a ineficácia comprovada dos medicamento defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro foram entregue à comissão por um pedido do senador Humberto Costa (PT-PE).
Além de contar com a recomendação do presidente, o Kit Covid foi defendido por apoiadores do governo e indicados pelo aplicativo TrateCov, do Ministério da Saúde, em Manaus, em janeiro deste ano. A pasta alegou que a plataforma foi colocada no ar por um hacker. A recomendação do presidente aos medicamentos em detrimento de vacinas faz parte da investigação da CPI da Covid. Os senadores apuram um suposto favorecimento de laboratórios e a compra de medicamentos do "kit covid".
“Kit-covid” na gestão de Bruno - O Ministério Público da Paraíba (MPPB) estipulou um prazo entre 30 e 90 dias para concluir o procedimento inicial de uma denúncia realizada contra a Prefeitura de Campina Grande (PMCG), por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Segundo a denúncia, mesmo sem eficácia comprovada, o Hospital Municipal Pedro I, no bairro de São José, estaria mantendo a prescrição do chamado “kit-covid” para pacientes com sintomas da doença. Na semana passada, em depoimento a CPI da Covid, instalada no Senado Federal, o diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barra Torres, surpreendeu integrantes da CPI ao criticar as falas e ações negacionistas do chefe do Executivo e pedir para que ninguém siga suas orientações.
Segundo o Ministério Público, a Notícia de Fato (NF) está sendo analisada pela Promotoria de Justiça de Campina Grande, através da promotora de Justiça de Defesa da Saúde de Campina Grande, Adriana Amorim de Lacerda. Além do hospital, a promotora deve ouvir o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB). De acordo com o CRM, a prescrição do “kit-covid” é permitida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), contanto que o médico informe ao paciente a falta de evidências científicas e os efeitos colaterais. O mais curioso é que a distribuição dessas substâncias foi confirmada pelo próprio Bruno, que fez uma transmissão ao vivo por meio das suas redes sociais em frente à unidade hospitalar. Veja: https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2021/03/27/prefeitura-de-campina-grande-distribui-remedios-sem-eficacia-comprovada-para-covid-19.ghtml
Campeã em número de CPF´s de falecidos entre os vacinados na PB - Um relatório produzido por auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e divulgado no início do mês passado revelou inconsistências na distribuição de doses de vacinas contra a covid-19, em dezenas de municípios paraibanos. A mais ‘curiosa’ delas, a presença de 341 imunizados com CPFs de pessoas falecidas. Um dado que chama atenção é que a cidade de Campina Grande administrada pelo prefeito Bruno Cunha Lima (PSD) é campeã na Paraíba no número de fura-filas (50 casos), vale ressaltar que a gestão municipal já responde há várias ações junto ao Ministério Público pela má condução na pandemia.
O município que mais registrou casos de fura-filas foi Campina Grande (50 casos). Depois, João Pessoa (40 casos). A partir dos dados, uma força-tarefa comandada pelo TCE-PB foi montada para investigar os casos. Veja: (https://tce.pb.gov.br/noticias/tce-pb-encontra-irregularidades-na-vacinacao-contra-covid-19-e-reune-orgaos-de-controle-para-intensificar-fiscalizacao/view).
Fura Filas – Recentemente o MP entrou com ação, para investigar a denuncia, onde segundo populares, aliados do prefeito, teriam tido o aval para furar a fila da vacinação das doses recebidas pelo Governo Federal para a primeira etapa do programa nacional de imunização contra a Covid-19. “Formalizei denúncia no ministério público, com as provas colhidas e produzidas, pelos próprios vacinados, que furaram a fila de prioridade na vacinação contra à COVID-19 em Campina Grande. Ser amigo do Rei, garantiu essa prioridade”, disse a médica Tatiana Medeiros.
Redação