Moradores das proximidades da construção do Teatro Municipal Ernani Sátyro, cuja construção está parada há um bom tempo, entraram em contato com o programa Cidade em Debate, da 102.9 FM, para denunciar que à noite pessoas estão utilizando o inacabado teatro como “motel”.
Os moradores estão pedindo que o poder público dificulte a entrada dos vândalos na construção, melhorando as condições do tapume instalado lá. “Na noite da sexta-feira era possível ouvir até os gritos da bagunça que fizeram lá em cima”, disse uma moradora que reside ao lado.
Segundo ela, não era possível quantas pessoas estavam no local, mas com certeza era bem mais de duas, já que era possível ouvir várias vozes e gemidos.
Outra moradora disse que ainda pensou em chamar a polícia, pois era apenas 21h, e quando saiu para comprar pastel, ouviu os gritos de orgias no local.
“A turma da orgia deve ter entrado pela lateral. Eles estão escolhendo diversos vãos da construção e usando escada improvisadas para subir”, contou ela que pediu para não ser identificada.
O tapume tem aberturas em suas divisórias e de vez em quando uma parte dele cai, facilitando a entrada de vândalos no prédio. Os moradores também pedem que a polícia intensifique as rondas no local.
Em contato com a ex-secretária de Infraestrutura, Assunção Trindade, ela informou que o teatro está parado porque a Prefeitura aguardava a liberação de novos recursos em Brasília. “Do teatro só vieram duas parcelas que não davam nem um milhão de reais e ainda faltava vir cerca de dois milhões de reais para o prosseguimento da obra”, disse Assunção.
A ex-secretária enfatizou também que, antes de sair do cargo, estava para ser liberado um valor de 300 mil reais e esse valor seria para que a empresa responsável pela obra retomasse os serviços e enquanto isso a Prefeitura aguardava os trâmites legais dos demais recursos prometidos em Brasília.
Segundo ela a empresa é responsável pela a instalação e vigilância do tapume na construção. O tapume evita que as pessoas adentrem a construção e também evita possíveis danos aos transeuntes, só que ele precisa de reparo e até agora nada foi feito. “A Prefeitura tem de chegar junto à empresa para que ela faça os reparos, porque, de fato, isso pode tanto provocar vandalismo como até perigo para quem passa pelo local” disse Assunção.
Folha Patoense