O deputado estadual Jeová Campos (PSB), uma
das vozes mais ativas da ALPB sobre a questão da crise dos recursos hídricos na
Paraíba, não pôde participar dos debates da audiência pública que foi realizada
na última quinta-feira (10), na Assembleia, em função de compromissos assumidos
anteriormente em Cajazeiras, mas acompanhou boa parte da audiência pela TV
ALPB. Para o parlamentar é preciso que haja pressão política para que as ações
que resolvam ou minimizem os problemas da falta de água se concretizem. “A bancada
federal paraibana que apoiou o golpe e faz parte da base de sustentação do
governo Temer tem obrigação de cobrar ações urgentes, inclusive, da conclusão
das obras da Transposição, afinal, eles são governo e por isso detém o poder de
persuasão”, afirma Jeová.
O deputado lembra que abriu mão da
presidência da Frente Parlamentar da Água da ALPB, assumida por Renato Gadelha,
que tem diálogo com o governo, mas não
vai se furtar de cobrar das autoridades uma solução para esse problema. “Eu não
tenho interlocução com o atual governo federal, por isso sai da presidência da
Frente, mas, mesmo assim ainda me dispus a participar de uma reunião em
Brasília para cobrar do governo celeridade na questão do abandono das obras
pela construtora Mendes Júnior que já faz mais de 100 dias que deixou o projeto
e até agora nem um contrato emergencial foi formalizado para dar continuidade à
obra. Tudo está parado”, denuncia Jeová.
Os contratos da Mendes Júnior, segundo
Jeová, compreendem lotes responsáveis pela captação de água do rio São
Francisco, em Cabrobó (PE), até o início do reservatório Jati, em Jati (CE) e
das três estações que deveriam ser construídas pela Construtora, a primeira já
foi feita, com 40 km de canal que, inclusive,
já estão com água, a segunda, já estava em fase de testes quando a MJ
abandonou a obra em julho, e a terceira sequer começou a fase de montagem.
“Essa é uma obra de continuidade, onde um trecho compromete o todo, daí também
a urgência de se resolver esse problema”, esclarece Jeová.
O parlamentar lembra que tanto a Queiroz
Galvão, como a Serveng, outras duas construtoras que participam do Projeto de
Integração do Rio São Francisco, já estão mobilizadas no local, com
equipamentos e material humano, são habilitadas no Ministério, vêm cumprindo
rigorosamente os contratos e podem assumir os serviços imediatamente, sem
comprometimento do cronograma. “Apesar desta possibilidade, até agora, o
Ministério da Integração, não resolveu o abandono da obra da transposição pela
construtora Mendes Júnior, no Eixo Norte, nos trechos 3, 4 e 8, na chamada Meta
1 e a bancada federal paraibana continua inerte, sem pressionar o governo por
uma solução. Até parece que eles não têm parentes, amigos e eleitores que estão
sofrendo com a falta de água na Paraíba e que sofrerão mais ainda com o
agravamento da situação que só tende a piorar de acordo com as projeções e
nível crítico dos reservatórios”, finaliza Jeová.
Assessoria