Proposta pelo deputado Cabo Gilberto, a Sessão foi bem prestigiada. Na ocasião, Jeová falou que ao descobrir o câncer, muitas pessoas o aconselharam a fazer tratamento em São Paulo, mas a confiança que ele sentiu na equipe do Laureano, especialmente, da Dra, Carol, foram suficientes para que nenhum argumento de que ele fosse se tratar fora da Paraíba, o convenceram. “Por minha vontade e a confiança na Dra. Carol, ninguém conseguiu me demover da decisão de ser tratado no Hospital Napoleão Laureano e hoje tenho a certeza que tomei a melhor decisão”, disse Jeová, lembrando que foi naquelas circunstâncias que conheceu o homenageado.
“A nossa convivência surgiu quando eu passei a ser paciente do Laureano e o que mais me surpreendeu naquela casa de saúde foi ver que ali não tinha distinção de quem era deputado ou uma pessoa do povo, só precisava ter o cartão de matrícula no Laureano para receber o tratamento”, afirmou Jeová, lembrando que esse reconhecimento ao trabalho de Carneiro Arnaud era mais que justo e merecido. “Nós não estamos aqui para fazer uma celebração qualquer. Estamos aqui para homenagear duas grandes personalidades. Isto porque quando se homenageia alguém com uma medalha com o nome de uma pessoa, ambos estão sendo homenageados. Essa medalha é a maior honraria desta Casa e faz jus a quem a denomina, porque Epitácio Pessoa foi ímpar, foi durante anos a personalidade mais importante da América Latina em sua época, ocupou com distinção uma cadeira no Congresso Nacional, foi Professor, Embaixador Presidente da República e Ministro do Supremo e Carneiro Arnaud também escreve sua história com muita altivez”, afirmou Jeová.
O parlamentar comparou a trajetória do homenageado com Josué de Castro. “Esse caminhar todo faz com que você possa ser considerado um Josué de Castro, que foi um desbravador das questões sociais, e você um desbravador em relação ao acolhimento de pacientes com câncer, e numa época que a doença matava muita gente, numa época em que não havia muitos recursos e que havia também muito preconceito. Essa condição de cuidar dos pacientes com câncer é nobre e você a abraçou com muita força de vontade e amor”, disse Jeová, reiterando que hoje a realidade é outra e mudou para melhor, mas antigamente não era isso tudo. “Os elementos que se tinham objetivamente para se adotar num procedimento médico eram insuficientes. Hoje, ainda não são suficientes, mas já é um bastante. Meu querido e amado você não se inclui apenas entre os homens bons, você é imprescindível e a sua presença ocupa um lugar relevante entre os humanos e haverá um tempo em que você fará muita falta, quando você não puder mais se dedicar a essa missão e nesse instante vamos perceber que você é imprescindível”, disse Jeová, destacando ainda que a história do Laureano se confundia com a vida do homenageado que, não é à toa, foi o primeiro diretor daquela Casa de Saúde. “Qualquer palavra que eu fale aqui será pequena diante deste gigante de Deus, chamado Carneiro Arnaud. Que Deus te abençoe e ilumine sempre e que continue fazendo esse coração grandioso, generoso, humano cuidar do outro e de quem precise”, finalizou Jeová.
Ao agradecer a homenagem, Carneiro Arnaud, visivelmente emocionado, agradeceu pelo reconhecimento da ALPB. “Vocês reconheceram em mim, o nosso trabalho e de todos que estão comigo no Laureano, fazendo uma luta incessante contra o câncer, principalmente ajudando às pessoas pobres, aos humildes. Atendemos aos 223 municípios. Recebo essa homenagem com muita satisfação e alegria, pois serve para nos estimular a continuar essa luta naquele hospital, que já tem 60 anos de funcionamento”, disse o médico.
Assessoria