“A cana faz parte da
história de meus ancestrais, de minha história, cresci em meio aos canaviais,
estudei agronomia por entender que deveria me especializar e ter mais
conhecimento, sou de uma família que enxerga na cana-de-açúcar desenvolvimento,
progresso e fonte de renda e, naturalmente, fui me envolvendo de forma mais
direta com a representação de classe e ser eleito, por mais de um mandato,
presidente da Asplan e da Unida, penso eu que é consequência de um trabalho bem
feito e de dedicação na defesa dos pleitos dos produtores de cana do Nordeste”,
disse José Inácio, lembrando que aceitou mais esse desafio por acreditar na
importância dos órgãos de classe no fortalecimento das lutas e defesas em prol
do setor.
O presidente da AFCP e da
Feplana, Alexandre Lima, que conduziu a reunião em Recife, elogiou a atuação de
José Inácio e disse que o setor agradece a compreensão dele sobre a importância
de assumir novo mandato. “Além de dedicação às nossas causas, José Inácio é um
profundo conhecedor do setor e é um líder muito respeitado e capacitado, de
forma que estamos muito felizes dele ter aceitado continuar na presidência da
Unida e somar forças na linha de frente na defesa das causas dos produtores de
cana”, disse Alexandre.
Sobre CBIOs - Além da
eleição para o novo mandato da Unida, a pauta da reunião em Recife também
incluiu o debate sobre a condução do processo de remuneração de CBIOs que,
inclusive, teve a participação do coordenador-geral de cana-de-açúcar e
agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cid Jorge
Caldas e de representantes de entidades ligadas aos industriais, a exemplo do
Sindálcool, Única e Orplana. Em debate, uma proposta de acordo para o
percentual de recebimento devido aos produtores dos Créditos de Carbono. “Mais
uma vez, o setor industrial insiste em nos ofertar apenas 60% do pagamento
líquido sobre a nossa cana depois de descontado os impostos e nós não abriremos
mão de receber o que é nosso, o que é justo, que equivale a 100% descontando os
encargos”, disse o diretor da Asplan, Pedro Neto que estava na reunião.
Ainda segundo Pedro Neto
ficou decidido que no próximo dia 14 de outubro, todos os presidentes de
associações e entidades ligadas aos produtores de cana irão à Brasília
participar de uma audiência pública na Câmara dos Deputados. “Essa questão do
CBIOs destinada aos fornecedores precisa ser resolvida, pois já entraremos na
terceira safra tendo prejuízos e sem que essa questão seja equacionada”, reiterou
Pedro Neto.
Assessoria de Imprensa