O início da transmissão foi
marcado pelos parabéns do público que recebeu com alegria o retorno de Jeová à
bancada petista. Jeová agradeceu aos ouvintes e disse que na realidade nunca
deixou de ser do Partido dos Trabalhadores (PT), uma vez que sempre defendeu o
povo e questões pertinentes às defesas da legenda. “Quem se colocou contra o
golpe contra Dilma? O homem é circunstância também de seu tempo e a luta é
permanente. Sempre defendi os mesmos pontos”, destacou Jeová Campos, lembrando
que filiar-se mesmo só em 2022 quando for aberta a “janela partidária”.
Sobre o assunto, o
parlamentar adiantou ainda que nunca deixará a política. “Da política não
desistirei nunca. Lutar contra miséria, quando vejo fome de um lado e riqueza
do outro, sempre me levará à política”, disse ele. “No entanto, nas próximas
eleições venho como Jeová Chico Mendes”, brincou o deputado lançando para
sucedê-lo na APLB o nome do prefeito de São José de Piranhas, Chico Mendes.
“Ele foi meu coordenador de campanha em 2006 e em todas as outras. Não tenho
dúvida de sua vitória. Chegou a hora e o momento de eu ser liderado por ele”,
arrematou.
No cenário nacional, em
determinado momento da entrevista, Jeová foi questionado quanto à política
econômica do PT e ele foi enfático ao lembrar como era a vida do pobre na
época. “Quanto era o preço da carne, do gás, quando Lula era presidente? E
quanto está agora? Recentemente, vimos que quatro empresas do setor de carne já
tiveram lucros exorbitantes enquanto que o orçamento para o Bolsa família não
tem a devida atenção. São quatro famílias de um lado e do outro são milhares de
brasileiros que se aglomeram em fila do osso”, disparou ele.
O ex-governador da Paraíba,
Ricardo Coutinho, candidato ao senado pelo PT em 2022, também foi citado na
bancada da Rádio. Jeová foi questionado a respeito do processo que Ricardo
Coutinho responde e foi indagado a respeito de ‘comprar a briga’ do
companheiro. “Sabe qual o problema que vivemos? Implantou-se no país um modelo
escravocrata de justiça, sem respeito é Legalidade e o devido contraditório.
Todos, inclusive Ricardo está regido sob o princípio da inocência e eu acredito
na Justiça. Assim foi com Lula e ele também terá direto à ampla defesa”,
explicou, parabenizando a Rádio Sanhauá por abrir o espaço para que o
ex-governador possa falar abertamente.
Mandato retomado
No mês de julho o deputado
estadual Jeová Campos tirou uma licença médica para fazer uma minuciosa
reavaliação de uma cirurgia feita há seis anos. O parlamentar vinha sentido um
desconforto abdominal que precisa ser investigado com mais detalhes. Vencida
essa fase, Jeová retomou neste dia 01 de outubro às suas atividades com muita
alegria.
“Fazia um ano que eu não
dava entrevista e essa aqui hoje eu fico ainda mais feliz porque está marcando
meu retorno à Assembleia e ao meu mandato”, comemorou ele, citando algumas de
suas últimas ações na Casa como o projeto que dispõe sobre a visita hospitalar
virtual, através de vídeo-chamada, de familiares aos pacientes que estejam
internados em hospitais públicos e privados no estado da paraíba com
diagnóstico do novo coronavírus – covid-19; e a instituição do programa de
auxílio emergencial para trabalhadores do setor cultural e para espaços culturais
no estado da paraíba durante o período de calamidade pública decorrente do
coronavírus (covid-19).
“Poucas pessoas sabem, mas
quem primeiro levantou o debate sobre o pagamento de auxílio emergencial no
país foi a Assembleia Legislativa da Paraíba, através de um projeto de lei de
minha autoria”, ressaltou o deputado, frisando que as audiências da ALPB
continuaram durante a pandemia, mas de forma virtual, com trabalho a fazer.
Ainda durante o programa Sem
Censura, Jeová destacou que também brigou para que operadoras de planos de
saúde no estado da Paraíba não se recusassem a prestar serviços a pessoas
suspeitas ou contaminadas pelo covid-19 em razão de prazo de carência contratual,
e também sobre o aceite de internação de pacientes infectados pelo novo
coronavírus (covid-19), na rede hospitalar privada, na hipótese de inexistência
de vagas nos hospitais públicos do estado da Paraíba, quando requisitado por
médico credenciado ao sistema único de saúde.
Ao final, Jeová, que é
conhecido como “o deputado das águas”, afirmou que está de viagem marcada para
Brasília para tratar da transposição do Rio São Francisco. “Um dos ramais não
está como deveria e vou à fonte do problema. Não ganhei o título de deputado
das águas á toa e só vou me calar quando eu puder me banhar nas águas do
Engenheiro Ávidos”, afirmou o parlamentar, encerrando a entrevista e
conclamando a todos para o ato politico deste sábado (02) contra Bolsonaro.
“Somos protagonistas da
esperança. Um presidente que incentiva sua população a comprar armas deve
deixar sua cadeira. Precisamos é do embate de ideias. Essa é nossa arma”,
explanou Jeová, firme e forte para uma nova etapa da política local e nacional.
Assessoria de Imprensa