“O parlamentar paulista
chamou os religiosos de “safados”, “vagabundos” e “pedófilos”, conforme vídeo
que circula nas redes sociais”, disse o Jeová, lembrando que a “motivação” do
deputado paulista para cometer tal delírio foi uma declaração de Dom Orlando
Brandes, na homilia da terça-feira (12/10), durante homenagem ao Dia de Nossa
Senhora Aparecida, no Santuário Nacional de Aparecida. Na ocasião, Dom Orlando
criticou a disseminação de notícias falsas e o armamento da população
brasileira.
Na ocasião, apesar de não
mencionar o nome do presidente da República, o religioso utilizou parte do
slogan do governo federal para afirmar que "para ser pátria amada não pode
ser pátria armada". “Certamente, desejando agradar ao presidente da
República, o parlamentar paulista atacou ferozmente a declaração de Dom Orlando
Brandes, a CNBB, o Santo Padre o Papa Francisco, caluniando-os”, destacou Jeová
no requerimento de número 18.233. Para o parlamentar paraibano, as palavras
ditas no Plenário da ALESP são absurdas, descabidas e desrespeitosas não apenas
com os religiosos, mas com a CNBB.
O deputado paraibano afirmou
que não tem dúvidas que os adjetivos utilizados pelo parlamentar paulista para
atacar a moral de várias pessoas não se aplicam ao Arcebispo Dom Orlando
Brades, aos Bispos que integram a CNBB, ao Papa Francisco. “São pessoas de bem,
de conduta ilibada, que vivem para servir e levar a verdadeira Palavra de Deus
a todos os rincões do Brasil e do mundo. O Santo Padre, o Papa Francisco possui
o cargo mais alto na Igreja Católica e tal posição exige respeito,
independentemente, se a pessoa professa a fé católica ou não”, salientou Jeová.
“Como cidadãos e deputados,
jamais poderemos concordar e deixar passar em brancas nuvens essas palavras
infelizes e desrespeitosas proferidas pelo parlamentar paulista. Nossa
solidariedade às vitimas das agressões e a todos que fazem a CNBB”, disse
Jeová, agradecido pela aprovação de seu requerimento pelos demais deputados da
Casa de Epitácio Pessoa.
Outras manifestações de
desagravo aconteceram país afora, a exemplo da do Bispo da Diocese de Itapeva
(SP), Dom Arnaldo, durante homília essa semana fez duras críticas ao deputado
paulista e disse que quem se considerar católico ou cristão de verdade não pode
aceitar esse tipo de conduta. “Antes de falar do Papa acompanhe o que o Santo Padre
está falando, antes de criticar a CNBB entre no site da instituição e conheça
suas ações e antes de criticar Dom Orlando, conheça sua trajetória. Discordar é
uma coisa, faltar com respeito é outra”, afirmou o religioso que pediu para os
fiéis que concordassem com a postura do deputado paulista refletissem sobre
qual Deus eles seguiam e se retirassem da igreja. “Não se pode servir a dois
senhores. Com Deus não se brinca”, disse ele.
Assessoria