O
deputado federal Luiz Couto (PT-PB) relembrou em pronunciamento no plenário o
dia 17 de abril de 2016, que entrou para a história do Brasil como uma data de
vergonha. Há um ano um golpe parlamentar destituiu a presidenta eleita
democraticamente nas urnas, Dilma Rousseff e levou à presidência o golpista e
ilegítimo Michel Temer.
“Há
um ano que o ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, abriu o roteiro de
um golpe parlamentar que arruinou a economia brasileira — que encolheu quase
10% desde então — e desmoralizou a imagem do Brasil no mundo. De País admirado
pela melhoria dos indicadores sociais, o Brasil voltou a ser uma típica
república bananeira, marcada por golpes rasteiros”, avaliou Luiz Couto.
Couto
lembrou que a discussão inicial era que Dilma Rousseff havia cometido crime de
responsabilidade. Levantaram-se hipóteses jurídicas mergulhadas em erros e
difamações. Após, a aceitação de abertura de pedido de impeachment os golpistas
trabalharam para retirar a presidenta Dilma do poder. Agora, o Brasil assiste e
entende o porquê do golpe.
"Vivenciamos
um trator golpista retirando todos os direitos para que o Brasil venha a
encalhar. Os golpistas querem um povo cativo assim como faraó fez com os
hebreus, antes de Cristo", disse Couto, acrescentando que o golpe teve
desmembramento jurídico, midiático e político.
O
parlamentar ironizou o slogan do programa de governo de Temer e disse que
"Uma Ponte Para o Futuro" poderia ser chamada de "Muro para o
Retrocesso" ao propor limitar o Pronatec apenas para a camada mais pobre
da população, reduzindo drasticamente seu escopo. O governo propõe também
limitar os empréstimos estudantis do Fies sob a desculpa de tornar o programa
social mais "meritocrático". Temer também quer acabar com regime de
partilha para o Pré-Sal, entregando as empresas internacionais de Petróleo, com
a venda, a preço de banana de ativos da Petrobrás, para depois privatiza-la.
Outro alvo de desmonte é o SUS, já que o plano é criar um plano de saúde
popular que substituiria o papel do Estado. Finalmente, Temer propõe reformas
devastadores como a da previdência, trabalhista, do ensino médio e da
terceirização com a precarização das atividades fins e meios. Estas propostas
apontam para um futuro onde os direitos trabalhistas são severamente podados em
nome da "modernização".
Na
conclusão de seu pronunciamento, Luiz Couto brincou e disse que Temer estaria
querendo, ainda, usurpar o lugar de Pinóquio ao dizer que não cometeu durante
este período em que ele se encontra no governo nenhum erro e que não teve
qualquer participação no impedimento da presidenta Dilma.
"Como
dizia o poeta e escritor Inácio nós podemos virar a página e escrever uma nova
história, basta a população brasileira unir forças e ir as ruas até que o
golpista Michel Temer e seus aliados renunciem a seus cargos políticos e o
Brasil venha a ter eleições diretas com uma certa urgência. Ou isso acontece ou
como disse o Jornalista Paulo Nogueira o decorativo, medíocre, sem carisma,
antiquado, sem liderança — e traiçoeiro acabará de vez com a democracia e com
nosso país levando-o para o abismo", completou.
Ascom do Dep. Luiz Couto