A deputada
Daniella Ribeiro, autora do requerimento na Assembleia Legislativa, nesta
quarta-feira, para discutir a questão da saúde no Estado da Paraíba, e mais
precisamente, a medida do Governo em transferir o comando da administração do
Hospital de Trauma para uma entidade particular e a perspectiva de que aconteçam
essas mesmas providências nas demais casas hospitalares administradas pelo Poder
Público, disse que o problema da saúde é muito grave e merece uma análise
aguçada e a atenção da sociedade.
Asseverou que
“o Governo do Estado defende a privatização como medida redentora, uma solução
mágica, capaz de melhorar o atendimento e ainda economizar o dinheiro dos
contribuintes, mas a verdade é que essa gestão pactuada traz apenas incertezas e
levanta inúmeras dúvidas”.
“A certeza é
que o governo não consegue e nem tem competência de administrar um hospital. Eu
só penso que se o governo privatizar tudo que não consegue administrar até o
final do ano deverá ter o primeiro Estado exclusivamente privado da história:
Paraíba Ltda. ou Paraíba S/A. Quanto às dúvidas são muitas, mas decorrem,
sobretudo, sobre o procedimento adotado, pois não houve transparência e nem se
sabe como essa entidade foi escolhida”.
Assinalou que
“nós notamos que o Governo mudou de estratégia. Na primeira sessão que
realizamos nesta Casa para discutir as demissões de prestadores de serviço, o
governo mandou quatro secretários, quando havíamos convocado somente um. Como
eles foram expostos agora a decisão é de que não esteja presente. Agora, sequer
o secretário de Saúde apesar de ser convocado se fez presente, num verdadeiro
desrespeito à população paraibana e ao Poder Legislativo”.
“Nós não
sabemos de fato o que existe nesse contrato que privatiza a gestão do Hospital e
que foi executado sem qualquer anúncio prévio e sem que a sociedade em geral e o
Legislativo, em particular, tivesse qualquer conhecimento sobre o que seria
feito e como seria feito”, assinalou.
Ela afirmou que
lamentava a postura adotada pelo Governo do Estado quando a Casa se propôs a
discutir os assuntos de interesse da sociedade. Mas lamentavelmente, o Governo
não respeita a instituição e não discute esses temas tão
importantes.
Apesar da
ausência dói secretário de Saúde, o Ministério Público se fez representar, além
de representantes de várias entidades médicas e
sindicais.
A sessão
iniciada por volta das 10h30 se estendeu por quase toda a tarde, com discursos
de um grande número de oradores, inclusive deputados.
Ascom