segunda-feira, 11 de julho de 2022

Não podemos naturalizar a violência, nem banalizar a morte porque se isso ocorrer vamos viver na barbárie afirma deputado Jeová Campos

“Esse trágico e lamentável episódio que aconteceu em Foz do Iguaçu nos assusta, mas, também nos faz refletir sobre que posturas adotar diante de tantos casos de violência e intolerância. Ele também nos mostra que não devemos, jamais, naturalizar a violência, nem muito menos banalizar a morte. Não se pode aceitar isso como algo normal sob pena de passarmos a viver na barbárie”, afirmou hoje (11), o deputado estadual Jeová Campos. O parlamentar se referia ao episódio que culminou com a morte do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, que foi assassinado na madrugada deste domingo (10), em Foz do Iguaçu, após ser baleado na própria festa de aniversário, pelo policial penal Jorge José da Rocha Garanho, que invadiu o evento.

Solidarizando-se com a família do companheiro de partido, o deputado Jeová Campos, lembra que o Brasil vive um período de muita intolerância e que esse clima é estimulado pelo atual presidente que desfere discursos de ódio e incita as pessoas. “As pessoas alimentadas por esse projeto de morte e destruição estão se transformando em agressores ou assassinos e isso é lamentável, mas, não vamos nos calar diante disso, nem deixar de lutar. Vamos vencer tudo isso nas ruas, de forma coletiva e organizada, sem armas e sem violência, com a força do voto e a eleição de Lula”, reitera o parlamentar.

Ele lembra que episódios recentes mostram o clima de violência e intolerância política que assola o país, a exemplo da bomba caseira de fezes atirada no comício de Lula no Rio de Janeiro, o episódio do saco de fezes e ovos jogados contra o carro do juiz Borelli, em Brasília, os tiros na janela da redação na sede do jornal Folha de São Paulo e agora esse assassinato. “O Brasil está mergulhado na fome, no desemprego, na alta inflação, convivendo com um alto índice de desmatamento, com o negacionismo, com o fascismo, autoritarismo e agora com a morte. É preciso voltar a sorrir e isso a gente pode fazer com a força do voto e está próximo”, reforçou Jeová.

Como tudo aconteceu

Testemunhas ouvidas pela polícia no local contaram que todos estavam na festa de aniversário de Marcelo, decorada com tema pró-Lula, quando Jorge – segundo o boletim, desconhecido dos convidados – chegou ao local, acompanhado de uma mulher e uma criança, com a arma de fogo em mãos, dizendo “aqui é Bolsonaro”, “Fora PT’, “Lula Ladrão”. Em seguida teria saído, retornado vinte minutos depois, dessa vez sozinho, com a arma nas mãos, quando efetuou os primeiros disparos e Marcelo reagiu na sequência, atirando também. Imagens divulgadas na parte externa do local onde Marcelo Aloizio foi morto, mostra que a esposa da vítima, Pamela Suellen Silva, tentou conter o atirador, mas sem sucesso. Em entrevista a TV Globo nesta segunda-feira (11), ela confirmou que eles não conheciam o atirador que é um apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro. Marcelo morreu na madrugada do domingo e Jorge segue em estado grave na UTI de um hospital local. Marcelo deixa viúva e quatro filho, um deles de menos de um ano.


Assessoria