Solidarizando-se com a família do companheiro de partido, o deputado Jeová Campos, lembra que o Brasil vive um período de muita intolerância e que esse clima é estimulado pelo atual presidente que desfere discursos de ódio e incita as pessoas. “As pessoas alimentadas por esse projeto de morte e destruição estão se transformando em agressores ou assassinos e isso é lamentável, mas, não vamos nos calar diante disso, nem deixar de lutar. Vamos vencer tudo isso nas ruas, de forma coletiva e organizada, sem armas e sem violência, com a força do voto e a eleição de Lula”, reitera o parlamentar.
Ele lembra que episódios recentes mostram o clima de violência e intolerância política que assola o país, a exemplo da bomba caseira de fezes atirada no comício de Lula no Rio de Janeiro, o episódio do saco de fezes e ovos jogados contra o carro do juiz Borelli, em Brasília, os tiros na janela da redação na sede do jornal Folha de São Paulo e agora esse assassinato. “O Brasil está mergulhado na fome, no desemprego, na alta inflação, convivendo com um alto índice de desmatamento, com o negacionismo, com o fascismo, autoritarismo e agora com a morte. É preciso voltar a sorrir e isso a gente pode fazer com a força do voto e está próximo”, reforçou Jeová.
Como tudo aconteceu
Testemunhas ouvidas pela polícia no local contaram que todos estavam na festa de aniversário de Marcelo, decorada com tema pró-Lula, quando Jorge – segundo o boletim, desconhecido dos convidados – chegou ao local, acompanhado de uma mulher e uma criança, com a arma de fogo em mãos, dizendo “aqui é Bolsonaro”, “Fora PT’, “Lula Ladrão”. Em seguida teria saído, retornado vinte minutos depois, dessa vez sozinho, com a arma nas mãos, quando efetuou os primeiros disparos e Marcelo reagiu na sequência, atirando também. Imagens divulgadas na parte externa do local onde Marcelo Aloizio foi morto, mostra que a esposa da vítima, Pamela Suellen Silva, tentou conter o atirador, mas sem sucesso. Em entrevista a TV Globo nesta segunda-feira (11), ela confirmou que eles não conheciam o atirador que é um apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro. Marcelo morreu na madrugada do domingo e Jorge segue em estado grave na UTI de um hospital local. Marcelo deixa viúva e quatro filho, um deles de menos de um ano.
Assessoria