Fany Almeida, representante do Jampa Invisível, destacou a satisfação da ONG em fazer parte de um momento tão significativo para as reeducandas. “Sabemos que esse espaço será muito importante, não somente de trabalho e criação, mas também de refúgio por acolher pessoas interessadas em produzir arte e planejar um futuro mais promissor”, afirmou.
Na última segunda-feira (28), as reeducandas LGBTQIAP+, todas já capacitadas em cursos ofertados, começaram a produzir no ateliê, que presta homenagem à memória de Fernanda Benvenutty, técnica de enfermagem e militante transexual. As peças produzidas serão encaminhadas para comercialização e os interessados poderão adquirir por meio do Instagram da Gerência Executiva de Ressocialização @ger.seappb, na sede da gerência situada na Rua Diogo Velho, 180, centro de João Pessoa, ou nas feiras e salões de artesanato.
Além do benefício da remição da pena por dias trabalhados e por atividades educacionais, as reeducandas também serão remuneradas com parte da renda dos produtos, que será depositada em conta bancária de seus familiares, como determina a lei.
O secretário da Administração Penitenciária, Sérgio Fonseca de Souza, afirmou que o Governo do Estado trata com respeito e dignidade a população LGBTQIAP+, a que mais sofre preconceito e intolerância. “Esse espaço objetiva resgatar a dignidade das senhoras. O governo se preocupa com vocês, esse ambiente vai ser um local de oportunidade, de capacitação, mas sobretudo um lugar de mudança de vida, tenham essa certeza, o que vocês fizeram lá fora não nos cabe julgar, quem julga é a Justiça. Nós do Governo da Paraíba temos uma obrigação: oferecer oportunidade e dignidade e é o que estamos tentando fazer em nome do governador João Azevêdo”, disse o gestor.
Dentre os parceiros na ambientação do Ateliê Benvenutty também estão: a Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana; a marca Malucinada, que produz camisetas com serigrafias; e a ONG Instituto ECCUS voltada para cidadania e sustentabilidade.
Com informações da Secom-PB