quinta-feira, 10 de março de 2022

Juíza participa de inauguração de Casa de Acolhida para mulheres vítimas de violência doméstica

Inauguração de Casa de Acolhida
para mulheres vítimas de violência doméstica
A juíza Caroline Silvestrini de Campos Rocha, uma das coordenadoras da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça da Paraíba e titular da 2a Vara Mista da Comarca de Sousa, unidade responsável pela tramitação dos processos de Violência Doméstica e Familiar da região, compareceu à inauguração da Casa de Acolhida Provisória da Mulher – Irene de Sousa Rolim, com sede no município de Sousa. O evento aconteceu nessa terça-feira (8), e a participação da magistrada foi um ato da Semana da Justiça pela Paz em Casa. “Parcerias entre os Poderes Executivo e Judiciário visam o fortalecimento da Rede de Proteção das mulheres vítimas de violência doméstica”, ressaltou a juíza.

Na ocasião, a magistrada conheceu a estrutura do local e as equipes, tanto a que vai administrar a Casa quanto a multidisciplinar que vai proceder com o atendimento das mulheres encaminhadas. De acordo com a juíza Caroline Silvestrini, realizar tal acompanhamento é muito importante para estreitar os laços dos integrantes da Rede. “A inauguração da Casa é um fator importante para a consolidação das políticas públicas voltadas ao atendimento das mulheres vítimas de violência doméstica”, observou.

Com a casa, as mulheres em situação de extrema vulnerabilidade terão um abrigo provisório. A unidade vai atender vítimas de todo o Estado, em especial, pela localização geográfica, as mulheres do sertão, conforme informou Joyce Borges, gerente executiva de Equidade de Gênero da Secretaria da Mulher do Estado. Elas receberão atendimento com profissionais qualificados na área jurídica, da saúde, psicológico e social.

Foto da Juíza Caroline na inauguração de Casa de Acolhida para mulheres vítimas de violência doméstica
Juíza Caroline Silvestrini

Após o estudo de cada caso, as mulheres poderão retornar em segurança aos seus lares ou serem inseridas em outro serviço da Rede de Proteção. “Por isso, trata-se de um programa que garante a proteção das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar”, pontuou a juíza Caroline Silvestrini.

De acordo com a Secretaria da Mulher, a proposta prevê que o local receba, inicialmente, vinte mulheres acompanhadas de seus filhos, que poderão ficar no local por 15 dias. Os critérios para entrada no serviço são mulheres acima de 18 anos, que não estejam em situação de risco iminente de morte.

A solenidade contou com a presença do governador João Azevedo, a secretária de Estado da Mulher e da Diversidade Humana, Lídia Moura, e demais autoridades da área.

Homenageada - A comerciante Irene de Sousa Rolim, 45 anos, foi vítima de feminicídio em 11 de julho de 2005, na cidade de Sousa, no Sertão da Paraíba. Ela foi encontrada morta no interior do seu restaurante ‘Sol Nascente’. O assassino foi seu ex-marido Francisco Pereira Filho, cabo da Polícia Militar do 14º Batalhão de Sousa, condenado a 20 anos e 9 meses de pena em regime fechado.

Irene Rolim era uma atuante empreendedora. Técnica em nutrição, trabalhou em São Paulo como gerente de restaurantes. Foi, inclusive, a primeira mototaxista na cidade de Sousa. Vítima de violência doméstica, Irene deixou sua única filha e uma neta.


Por Gabriella Guedes - Assessoria de Imprensa/TJPB