A manhã da última quinta-feira (27) de abril do corrente ano, foi movimentada na cidade de Cajazeiras, no Sertão paraibano
De acordo com o investigado, duas equipes da Polícia Federal estiveram em sua residência para dar cumprimento à decisão do Juiz Federal Substituto Dr. Thiago de Batista Ataíde, da 8ª Vara Federal de Sousa/PB, com a finalidade de localizar e apreender dispositivos eletrônicos, ou material com indícios de pornografia infantil.
Com exclusividade, nos revelou o acusado. “Fui abordado na manhã de quinta-feira (27), quando chegava em minha residência de uma caminhada, por agentes da Polícia Federal. Após as devidas identificações, fui convidado para entrar e, ouvindo a leitura de uma ordem judicial, os policiais solicitaram que eu mostrasse meu computador, celular e qualquer outro dispositivo que eu pudesse armazenar minhas mídias. Durante algumas horas no interior de minha casa, nenhum material pornográfico foi encontrado, mesmo utilizando de equipamentos de alta tecnologia, porém, os agentes apreenderam meu computador, meu celular e três HDs, para perícia em Patos. Assinei um documento dando conta e conferencia da apreensão dos meus itens e fui orientado constituir um advogado”, informou.
De acordo com as investigações que se iniciaram com a análise de cenas contidas em diversos vídeos encaminhados pelo SERCOPI – Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infanto-juvenil da Polícia Federal em Brasília/DF, a PF chegou à Cajazeiras/PB.
Vale ressaltar, que durante as buscas na residência do investigado, os agentes faziam perguntas, do tipo: o senhor compartilha sua senha do wi-fi com mais alguém? O senhor mora sozinho? Se compartilha a senha, com quem compartilha? Em dado momento, o investigado revelou ter compartilhado sua senha com uma vizinha que tem um filho adolescente e, com uma ex-namorada.
O trabalho de investigação e combate à pornográfica infantil é decorrente da cooperação técnica-investigativa entre a Polícia Federal e o National Center for Missing and Exploited Children (NCMEC), que reportou à Polícia Federal no Estado da Paraíba a ação de um usuário residente da cidade de Cajazeiras/PB, que teria armazenado imagens e vídeos envolvendo sexo explícito ou pornográfica com criança ou adolescente. A investigação segue em andamento. Por enquanto, segundo a PF, não se sabe quantas crianças podem ter sido vítimas, nem há quanto tempo o suspeito estaria cometendo os crimes. A idade e identidade dele não foram reveladas.
A autoridade policial deverá, após o cumprimento do mandado, apresentar, no prazo de (cinco) dias, termo circunstanciado sobre as diligências efetuadas. Cumpridas as diligencias, o material apreendido ficará sob custódia pela SR/DPF/PB. Deverá a referida autoridade, sem prejuízo do cumprimento dos demais itens desta decisão, atentar especificamente para a preservação do segredo de justiça que atinge este feito.
Caso os crimes forem confirmados, o investigado pode responder por estupro de vulnerável e produção e armazenamento de pornografia infantil. As penas somadas podem chegar a 10 anos de prisão.
Redação – Folha VIP de Cajazeiras