“Queremos potencializar as habilidades comportamentais a partir das similaridades e hábitos observados nos mais diversos animais”, explicou a educadora Fabíola Ferreira. “O objetivo é trabalhar os exercícios de forma dinâmica, estimulando o cérebro a desempenhar funções de maneira otimizada”, acrescentou. Ela ressalta que existem muitos exemplos de cooperação nos animais, como os lobos que trabalham bem o companheirismo numa caçada em grupo, os golfinhos que se juntam para cercar os peixes ou as formigas que constroem grandes colônias com uma divisão clara do trabalho. “Quando adaptamos esses exemplos em sala de aula, conseguimos resultados incríveis”, destacou Fabíola.
Outro ponto a ser analisado dentro dessa perspectiva tem a ver com a comunicação. Um estudo sobre o comportamento das aves, feito pela Universidade de Cornell, analisou os chamados “alarmes” emitidos por pássaros da espécie "chapim-de-cabeça-preta", em resposta à presença de um predador. Os pesquisadores descobriram que as aves usavam diferentes chamados para alertar sobre os tipos de perigo. Por exemplo: um tipo era usado para alertar sobre a presença de um falcão, outro tipo era usado para alertar sobre a presença de uma coruja e assim por diante. O levantamento ajudou a desenvolver iniciativas importantes na relação “animais x seres humanos”.
“É importante lembrar, no entanto, que os seres humanos têm habilidades cognitivas mais complexas do que a maioria dos animais, permitindo desenvolver culturas, tecnologias e sociedades muito mais avançadas do que outras espécies. Por isso, é válido filtrar o que usar e como usar. Dessa forma, potencializamos o nosso comportamento”, finalizou Fabíola.
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