O deputado lembra ainda que a equipe de transição também identificou que todas as vacinas obrigatórias para crianças com menos de um ano estão com cobertura inadequada, sem exceção. “O Brasil perdeu a capacidade de fazer o que sempre foi feito, numa construção de 50 anos de história. O PNI vai completar 50 anos em 2023, ele é anterior ao SUS. Então de 2015 para cá, em poucos anos, o atual governo conseguiu praticamente destruir um esforço de quatro décadas e meia de construção de um Programa que se transformou num modelo internacional”, disse o ex-ministro da Saúde Arthur Chioro, que coordena o grupo de Saúde da equipe de transição de Lula, durante uma coletiva na última sexta-feira.
Ainda segundo Chioro, a total falta de planejamento de ações para 2023 também chamou atenção da equipe do presidente eleito. “Para se ter ideia da gravidade desta situação, basta lembra que o Instituto Butantã fornece oito das vacinas que compõem o calendário nacional de imunização do Brasil e nenhuma delas, até o final de novembro, recebeu programação para o calendário 2023”, lembra ele, destacando que em se tratando de vacina, precisa ser dito que não se trata de um produto que se vai simplesmente numa máquina, aperta o botão e há uma pronta entrega do produto. “É preciso planejamento e programação desde a produção, distribuição e imunização”, reiterou Chioro.
O deputado paraibano, que foi um dos coordenadores da campanha de Lula no estado, lembra ainda que as informações básicas de estoques de medicamentos, vacinas e outros dados não estão sendo repassadas pelo Ministério da Saúde. “Para que a equipe técnica do novo governo possa fazer um bom planejamento, principalmente, para os primeiros 120 dias de gestão, seria fundamental que as informações chegassem, mas, infelizmente, não é isso que está ocorrendo. Bolsonaro, definitivamente, comprometeu a saúde do país de forma muito cruel”, finalizou Jeová.
Assessoria