Autores de Patos e Santa Luzia lutam por espaço e oportunidades
A maior dos poetas e escritores do interior da Paraíba não têm incentivo financeiro, nem apoio, além de publicarem com recursos próprios, não recebem apoio para divulgação, lançamento, atuando muitas vezes em ação coletiva, em poucos eventos e sem muita publicidade.
O escritor Júnior Misaki disse “tá na hora dos senhores vereadores criarem um projeto de lei, de incentivo à cultura e leitura de autores locais nas escolas públicas e privadas. Não podemos ficar só na literatura do Harry Potter ou de apenas nos escritores consagrados do século XIX. Os jovens precisam conhecer os autores locais para que amanhã possa surgir outros pensantes. A geração de produtores culturais ativos na literatura patoense, infelizmente, não está se renovando”, provando uma reflexão nas redes sociais.
A escritora Nadia Farias comentou, “eu, provavelmente, sou a primeira a traduzir livro para outra língua, quase sem notoriedade aqui”, disse com relação ao reconhecimento no Sertão da Paraíba pelo trabalho intelectual e literário que existe em várias cidades.
Cidades importante do interior da Paraíba ainda hoje não despertaram para a criação de movimentos literários, como feiras, encontros, projetos de incentivo à leitura e produção textual, deixando de movimentar um setor rico em oportunidades e possibilidades.
O jornalista e escritor Ronaldo Magella comentou é preciso um fortalecimento dos agentes culturais, literários e autorais para que se possa criar um movimento consistente e com força para atuar e ter espaços, como na criação de feiras literárias, espaços públicos e identidade de reconhecimento.
O escritor Ramom Medeiros afirmou que no Sertão é um segmento pulsante, mas sem força, e que, pensar em ações, articulações e estratégias para o próximo é uma ideia que precisa ganhar força.
Por Ronaldo Magella
