Dois de Novembro é o chamado dia dos mortos
— não há morte em nenhum ponto do Universo.
Deus não é morte. É Vida. E Vida Eterna. O próprio Jesus revelou aos Seus Discípulos que o Pai Celestial universalmente governa seres imortais. E arrematou:
— Deus não é Deus de mortos, mas de vivos. Por não crerdes nisso, errais muito (Evangelho, segundo Marcos, 12:27; e Lucas, 20:38).
Aqueles que amamos não morrem jamais, mesmo que se encontrem no Mundo Espiritual. Muitos permanecem invisíveis ao nosso lado, ajudando-nos; outros podem, até mesmo, precisar de nossas preces. Oremos por eles, para que, quando chegar a nossa vez, alguém ore por nós, e agradeçamos a Deus por ser Deus de vivos. Os mortos não morrem.
Blaise Pascal (1623-1662) já definira:
— A imortalidade da Alma tem para o homem tamanha importância, interessa-lhe tão profundamente, que é preciso ter perdido toda a sensibilidade para ser-se indiferente ao seu conhecimento.
O GRANDE EQUÍVOCO DA HUMANIDADE
O grande equívoco da humanidade é viver como se após a morte nada houvesse. Revelam os Mentores Espirituais que um dos maiores dramas na Pátria da Verdade é a chegada de multidões livres das algemas da carne, mas completamente ignorantes do que seja o Mundo Invisível. É uma terrível falha das religiões na atualidade. Escreveu Laurinda V. de Mello, na psicografia de Francisco Cândido Xavier (1910-2002), que
— a morte do corpo, para quem não se preparou conscientemente, é sempre um golpe muito grande para o Espírito.
Eis que o grande segredo da Vida é, amando a Vida, saber preparar-se para a morte, ou Vida Eterna. Ressalte-se, na hora certa determinada por Deus. Por isso, com insistência, o fundador da Legião da Boa Vontade alertava que
— o suicídio não resolve as angústias de ninguém.
Goethe (1749-1832) costumava dizer que
— os que não acreditam em outra vida já estão mortos mesmo nesta.
Ninguém morre. Torna-se apenas invisível aos nossos olhos materiais. Foi o que entendeu Fernando Pessoa (1888-1935), o famoso vate português, ao escrever em “Cancioneiro”:
— A morte é a curva da estrada. Morrer é só não ser visto.
TUDO É VIDA
Como dizia Zarur, “não há morte em nenhum ponto do Universo. Tudo é Vida, porque Deus é Vida”.
NÃO SE MATE, PORQUE VOCÊ CONTINUARÁ VIVO
A Vida é eterna. Por isso praticar o suicídio é a extrema loucura, pois quem se mata vai descobrir-se, no Outro Lado, mais vivo do que nunca, a sofrer as terríveis consequências do seu ato de tremenda rebeldia contra a Sábia Lei Divina, que nos governa e governa o Universo. Matar-se abala, por largo tempo, a existência do Espírito, pois ofende a Lei que rege o Universo. Honremos, pois, o extraordinário dom que Deus nos concedeu, que é a Vida, e Ele sempre virá em nosso socorro pelos mais inimagináveis e eficientes processos. Substancial é que saibamos humildemente entender os Seus recados e os apliquemos com a Boa Vontade e a eficácia que Ele espera de nós. A permanente sintonia com o Poder Divino só nos pode capacitar o Espírito, para que tenha condições de sobreviver à dor, mesmo que em plena conflagração dos destemperos humanos. A continuação da existência após a morte jamais poderá ser justificativa para o suicídio. Todos continuamos vivos. (...)
A MORTE NÃO É MAIS O LÚGUBRE INGRESSO PARA O NADA
Para finalizar, ofereço a todos vocês que me honram com a sua leitura esta reflexão que publiquei em minha mais recente obra, Jesus, o Libertador Divino, lançada em 21 de outubro de 2022, durante as celebrações dos 33 anos do Templo da Boa Vontade, em Brasília/DF. O trecho encontra-se no capítulo “Mensagem do Túmulo Vazio”, originário de documento que enviei, em de 25 de agosto de 1997, aos que comigo labutam nas Instituições da Boa Vontade (IBVs)*:
Com a Ressurreição de Jesus, a morte deixou de ser o lúgubre ingresso para o Nada; porquanto, na verdade, é a esplendorosa revelação de que a felicidade em Deus — o Provedor de tudo o que moralmente necessitamos, para livrar-nos das mais profundas carências — é eterna, como perenes são as realizações do Bem, na Terra e no Espaço.
Respeitemos a Vida, e ela nos abençoará com a prosperidade e a liberdade espirituais que antecedem todo o contentamento.
Quando o Celeste Amigo revelou o Túmulo Vazio, acabou com os impossíveis, porque ressuscitou, conforme prometera, da morte para a Eternidade. E nós, com Ele. Graças a Deus!
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.