“Existem vários sintomas que os pais ou responsáveis podem reconhecer em casa e encaminhar, caso necessário, para um profissional competente da área. Se a criança está triste demais, por duas semanas ou mais, desinteressada das coisas que ela mais gostava de fazer, com falta de energia, irritada com tudo e apresentando um baixo rendimento escolar, isso pode indicar um aspecto depressivo”, explicou Karine, que trabalha na “Rede Fono Com Amor”, clínica multidisciplinar infantil, em João Pessoa.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 5,8% da população do Brasil sofrem de depressão, um total de 11,5 milhões de casos, sendo o maior índice da América Latina. A depressão infantil apresenta todos os sintomas de uma depressão de adultos. A criança fica mais quieta, desinteressada e as suas emoções entram em um modo de oscilação, tornando o seu comportamento mais confuso do que o habitual. “É muito importante que seja notada desde cedo a depressão nas crianças, pois o quadro pode evoluir muito. Muitas vezes a situação pode ser confundida como ‘só uma fase’ e ficar ainda mais perigosa, porque os jovens não têm um repertório emocional tão grande quanto um adulto, então não conseguem explicar sentimentos tão complexos quanto tristeza e ansiedade, por isso é comum eles se expressarem como quem sente uma dor física, chorando, gritando e esperneando”, finalizou a psicóloga.
Setembro Amarelo
A campanha “Setembro Amarelo” existe desde 2014 e foi criada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), juntamente com o Conselho Federal de Medicina (CFM), e transforma o mês de setembro em um período de conscientização às causas que pode levar ao suicídio e também visa diminuir o preconceito sobre os transtornos mentais e de humor.
Redação