quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Cejusc/JFPB realiza primeira mediação internacional da 5ª Região

Caso diz respeito a ação envolvendo partes do Brasil e dos Estados Unidos

O Centro Judiciário de Solução Consensual de Conflitos e Cidadania da Justiça Federal na Paraíba (Cejusc/JFPB) está fazendo história, ao realizar a primeira mediação transnacional da 5ª Região. O caso, que tramita em segredo de justiça, compreende um processo de alegada subtração internacional de menor, envolvendo partes do Brasil e dos Estados Unidos. 

Para solucionar o conflito, já foram promovidas três sessões, sendo duas privadas, com a presença somente de uma das partes em cada uma, e uma terceira conjunta, com a participação de todos os envolvidos. Uma nova sessão está prevista para o dia 18 de outubro, visando o estabelecimento de um acordo. 

Conforme a juíza federal Adriana Nóbrega, coordenadora do Cejusc, "a experiência realça o emprego da mediação transnacional como via de tratamento de conflitos, ao dar ênfase ao restabelecimento do diálogo com vistas à construção consensual de soluções que tenham foco, no caso concreto, no melhor interesse da criança".

O supervisor do Cejusc Marconi Araújo, por sua vez, acentuou que a credibilidade conquistada pelo Centro de Conciliação e Cidadania em João Pessoa, ao longo de mais de cinco anos de sua existência, tem sido determinante para o recebimento de casos mais complexos visando à pacificação social. “É gratificante vivenciar cada vez mais o reconhecimento à atuação destacada de todos os que fazem esta unidade na Justiça Federal paraibana”, salientou.

A mediadora judicial e advogada Silvana Ferreira Souza de Vasconcelos, que atua no caso, disse que se sente agradecida de receber essa tarefa de “ser ponte” para resolver essa questão. “Estar atuando como mediadora neste caso só me fez acreditar que a mediação é, de fato, um método transformativo e que a retomada do diálogo entre as partes é fundamental para o sucesso da ação”, destacou. 

Também trabalhando no processo em questão, Ana Kalline Soares Castor, co-mediadora judicial, ressaltou a satisfação em fazer parte dessa experiência de mediação internacional. “Diante de um caso com tantas delicadezas como esse, oportunizar a comunicação entre as pessoas envolvidas - através das técnicas e instrumentos próprios da mediação - permite que superem eventuais desconfortos e atinjam um consenso”, avaliou. 

A mediação internacional contou, ainda, com a participação dos demais membros integrantes de equipe multidisciplinar, com funções igualmente primordiais ao bom andamento dos trabalhos, a saber, a intérprete Giovanna Cavalcante Oliveira, a conciliadora responsável pela redação da ata, Lídia Vidal Costa de Freitas, a psicóloga Geysa da Silva Santos e a assistente social Sônia Maria Serrano de Souza.


Seção de Comunicação Social

Justiça Federal na Paraíba - JFPB