A notícia de que o Governo
Federal estuda a possibilidade de retirar a Taxação ao Etanol Importado deixou
em polvorosa o setor sucroalcooleiro do Brasil. Inclusive, a declaração do
ministro da Agricultura, Blairo Maggi, reforçando essa intenção, mexeu com os
preços futuros do açúcar na Bolsa de Nova York. O presidente da Associação dos
Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, foi um dos que
se manifestou contra essa decisão. “Essa notícia é péssima para o setor”,
destaca o dirigente canavieiro paraibano, que já convocou toda a bancada
federal paraibana para debater o assunto e definir estratégias de fortalecimento
do setor, durante uma reunião, no próximo dia 29, às 10h, na sede da Asplan, em
João Pessoa.
“A taxação de 20% sobre o
bicombustível importado dos Estados Unidos foi um exemplo de medida para
atender o setor sucroalcooleiro nacional em um momento crítico para os
produtores brasileiros e precisa permanecer, pois as perdas ainda não foram
superadas”, explica José Inácio.
O dirigente da Asplan se
adianta e agradece o apoio dos deputados federais da Paraíba, Efraim Filho e
André Amaral que já se manifestaram contra a medida que é tão negativa para o
setor. “Esses parlamentares conhecem a realidade do segmento e sabem da
importância da manutenção desta taxação para o equilíbrio do mercado interno”,
finaliza José Inácio.
Em declaração à Imprensa,
o ministro Maggi disse que pode propor à Câmara de Comércio Exterior (Camex) o
fim da sobretaxa de 20% cobrada sobre o etanol importado, mas, ele condicionou
a mudança na regra caso os estudos do ministério apontem que não há mais
necessidade da cobrança. A cobrança da taxa está em vigor desde agosto do ano
passado.
Assessoria