"Chegou em tempo de derrubar a porta lá, no
'bicão. Minha esposa chegou chorando em casa", revelou o profissional de
imprensa.
O diretor da TV online Sertão da Paraíba, com sede em
Cajazeiras, Wgleyson Souza lamentou nesta terça-feira (9), a forma truculenta
com que foi tratado pelo delegado da Federação Paraibana de Futebol nesse
domingo (7), no estádio Perpétuo Correia Lima (Perpetão), durante a transmissão
do Campeonato Paraibano 2018. “Ser humano nenhum deveria ser tratado dessa
forma”, lamentou o diretor, relembrando que já trabalhou em vários segmentos da
imprensa e nunca havia passado por situação semelhante.
Wgleyson Souza contou que estava com sua esposa, que
também faz parte da equipe, durante a abordagem “grosseira” e humilhante da
FPF. “Chegou em tempo de derrubar a
porta lá, no ‘bicão. Minha esposa chegou chorando em casa”, revelou ele.
O diretor da TV online revelou que o representante da
FPF chegou desligando os seus equipamentos. “Desligaram meu notebook da tomada,
e eu fiquei com prejuízo de um hd”, contou Wgleyson.
Ele se disse muito triste com a situação vivida no
Perpetão e indagou: “Estamos voltando a Ditadura Militar? Estamos retrocedendo?
Que humilhação é essa?”.
Indignado, Wgleyson questionou: “É porque eu sou
negro? É porque minha esposa também é negra?”
O diretor da TV relembrou que estava fazendo a
transmissão autorizada pela direção do Atlético. “Deu autorização verbal, mas
tenho testemunha”.
Para completar, Wgleyson confirmou presença na reunião
com a FPF nessa quarta-feira (10), em João Pessoa e desabafou: “Quero dizer que
sou negro, mas não sou bandido não”.
DIÁRIO ESPORTIVO