A Polícia
Federal realiza uma operação nesta quarta-feira (8) contra uma quadrilha
suspeita de fraudar provas de concursos públicos e do Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem). Os policiais federais cumprem mandados na Paraíba, Piauí e Ceará.
Segundo a PF, os suspeitos recebiam até R$ 90 mil por um gabarito.
Estão
sendo cumpridos 36 mandados, sendo 21 de busca e apreensão, 4 de prisão
preventiva e 11 de condução coercitiva- quando o suspeito é levado para depor.
Os mandados são cumpridos em Fortaleza, Juazeiro do Norte, Barbalha, Mauriti,
Abaiara e Lavras da Mangabeira; além das cidades de São José de Piranhas e
Cajazeiras, na Paraíba, e em Teresina, no estado do Piauí. O número de prisões
ainda não foi divulgado pelo órgão.
De
acordo com a Polícia Federal, os envolvidos fraudavam as provas violando os
lacres de forma antecipada para ter acesso ao conteúdo dos exames. Com isso, os
suspeitos utilizavam um candidato que já havia realizado a prova para repassar
as repostas aos outros candidatos por meio de pontos eletrônicos. A suspeita é
que a quadrilha tenha fraudado as provas do Enem dos anos de 2016 e 2017,
segundo informou a PF.
Pagamento
A
quadrilha recebia até R$ 90 mil de candidatos que buscam ingressar no curso de
medicina, que, segundo as investigações, era o principal alvo do esquema. Os
valores divididos em dois pagamentos: metade antes da prova e o restante depois
de o candidato garantir a vaga.
Ao
todo, 90 policiais federais participam da operação, nomeada de Adinamia. Os
envolvidos poderão responder pelos crimes de de fraudes a processos seletivos e
concursos públicos, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas podem
chegar a 10 anos de prisão.
"Esse
tipo de fraude tem uma repercussão social de longo alcance, para além da
questão criminal, por fraudar o esforço de candidatos honestos que estudam e
buscam legitimamente o acesso aos cursos de nível superior e cargos
públicos", informou, em nota, a Polícia Federal.
G1