“O
que o Brasil está vivendo é um golpe da corrupção, comandado por corruptos e o
país, em 2018, tem que dar uma resposta a esses golpistas que hoje habitam o
Congresso, com raras e gratas exceções, que só têm o objetivo de subtrair os
direitos sociais e dos trabalhadores e
as conquistas dos mais humildes,. Esse é um golpe dado pelos corruptos, contra uma presidente honesta, que
não aceitou a corrupção bancada pelo PMDB”, disse o deputado estadual Jeová
Campos (PSB), referindo-se ao processo de cassação da presidente afastada Dilma
Rousseff, que entrou hoje (25), na reta final, no Senado.
Para
o parlamentar esse é um dos piores momentos da história política deste país. “A
privação da liberdade, com o golpe de 64, começou com os mesmos discursos
anticorrupção dos tempos atuais, com os mesmos interesses dos paladinos da
moralidade de outrora”, relembrou Jeová. Segundo ele, o que está em jogo é a
tentativa de derrubar um projeto político que redirecionou as ações
governamentais em prol da maioria da população brasileira, especialmente os
mais carentes que se contrapõe aos interesses de uma elite dominante. “O que
está em jogo é um projeto contra outro. O projeto de uma elite que não quer
mais dinheiro para o Bolsa Família, para o Minha Casa Minha Vida, é contra o
Mais Médicos, o Pronatec, que discrimina ações voltadas para os negros, os
quilombolas e as minorias. Esse governo que tirou 40 milhões de brasileiros da
miséria não interessa a essa gente que defende o golpe”, afirma Jeová.
O
deputado lembra ainda que o PMDB, que é na realidade um rescaldo da Arena,
participou da ditadura, e é o principal articulador do golpe em curso, tendo o
presidente interino Michel Temer e o deputado Eduardo Cunha, como grandes
expoentes. “Quem está dando o golpe é o PMDB, com apoio do PSDB e ainda fazem parte
do consórcio o PTB e o PP”, relembrou o parlamentar.
Para
Jeová, o STF também participou deste golpe. “Por que o ministro Teori Zavascki
pegou o pedido cautelar de afastamento de Eduardo Cunha da Presidência da
Câmara, apresentado pela Procuradoria Geral da República, em dezembro, e não
fez o afastamento, deixando ele primeiro comandar a sessão que cassou Dilma
porque lá tinha 200 deputados que era obrigado a bater continência para Cunha e
logo depois, em menos de 22 dias, Cunha foi extirpado da presidência da Casa?.
Lamentavelmente, tudo leva a crer que o Supremo, no mínimo, facilitou esse
golpe”, disse o parlamentar, lembrando que o reajuste salarial da Justiça
Federal de 46%, que tinha sido vetado pela presidente Dilma, foi acordado com Temer,
sem maiores alardes.
Assessoria