A
partir do próximo mês o Laboratório Municipal de Patos passará a realizar o
diagnóstico laboratorial de tuberculose para detectar possíveis casos de
tuberculose, através de coleta de escarro. A informação foi passada por Lívia
Menezes Borralho, chefe do Núcleo de Doenças Endêmicas da Secretaria de Estado
da Saúde, que se encontra em Patos, com equipe da SES (Lacen-PB e Vigilância),
oferecendo capacitação a médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e
coordenadores do programa TB e da atenção básica do município de Patos. Amanhã
(quinta) será a vez de bioquímicos receberem as informações a fim de dar mais
qualidade no atendimento à população.
Esse
serviço, que ora é feito no LACEN/PB está sendo descentralizado, para facilitar
o acesso do público a um diagnóstico e tratamento oportunos da tuberculose,
doença que a cada ano faz surgir na Paraíba cerca de 1.200 novos casos. Daí
essa preocupação do Governo do Estado em oferecer a capacitação para que o
programa tenha mais eficácia. A reunião está ocorrendo nesta quarta na 6ª
Gerência de Saúde. Hoje, somente Patos participa dessa atualização em TB, que
utiliza estudos de casos para fortalecer o aprendizado dos profissionais de
saúde. Amanhã os demais municípios da regional são aguardados para o mesmo
treinamento.
Lívia
Borralho explica que a discussão sobre tuberculose visa atender a necessidade
dos pacientes, que precisam de maior aproximação dessa ação da saúde pública,
bem como resgatar o papel da saúde da família, a fim de garantir a cura desse
paciente, reduzir o índice de abandono ao tratamento, algo que vem crescendo na
Paraíba.
Apesar
do estigma, preconceito que há em torno da tuberculose, inclusive da própria
família, as unidades de saúde estão habilitadas para atender bem esses casos.
“Muitos pacientes acabam procurando a rede hospitalar, que tem complexidade
maior. Por isso a gente busca trabalhar com os agentes comunitários de saúde,
enfermeiros, médicos da atenção básica para que possam resgatar esse paciente,
garantir dignidade no atendimento em serviço primário, que pode iniciar o
tratamento, chegar à cura sem sair de sua comunidade”, comentou Lívia Borralho.
Ela
acrescenta que 50% dos casos diagnosticados de TB acontece na rede hospitalar,
algo que o Estado busca desconstruir, ou seja, fazer com que esse diagnóstico e
o tratamento venha ocorrer no PSF desse paciente.
Ascom