quarta-feira, 15 de outubro de 2008

FAMÍLIA UNIDA: PF quer ouvir secretário primo de Cássio sobre compra de votos

POLÍTICA: 15/10/2008 - Imagem: Arquivo - As informações prestadas ontem pelo delegado Derly Brasileiro, da Polícia Federal, sobre a suposta participação de auxiliares do primeiro escalão do Governo Cássio Cunha Lima no esquema de compra de votos no Estado, particularmente em Campina Grande, suscitou uma onda de especulação gigantesca nos bastidores da política paraibana. As dicas oferecidas pelo delegado federal de que o envolvido ocuparia uma instituição governamental de importância e destaque, e que recentemente foi internado às pressas em uma clínica particular, acometido de mal súbito, apontam para o secretário licenciado da Casa Civil, Romero Rodrigues, atual coordenador da campanha do tucano Rômulo Gouveia. Romero, está se recuperando de um quadro de hipertensão que o levou ao hospital. O delegado não informou o grau de participação de Romero Rodrigues no esquema, mas deixou claro que o suspeito coordenaria uma campanha, seria titular licenciado de uma instituição importante (a Casa Civil) e teria sido internado recentemente para tratamento de saúde. Ele explicou que em razão desses “imprevistos”, Romero ainda não compareceu para prestar depoimento a Polícia Federal, mas, que já teria sido notificado. Com essas “pistas”, o caldeirão da política paraibana desde ontem entrou em ebulição, depois que as “sugestões” do delegado foram divulgadas pelos portais, encaminhadas pelo jornalista José Maria Fontinelli, que participou da coletiva na sede da Polícia Federal e “pescou”, as informações nas entrelinhas da entrevista concedida pela autoridade policial. O secretário da Casa Civil vem se notabilizando pelos sucessivos envolvimentos em escândalos policiais. Ele teria sido removido para a coordenação da campanha de Rômulo depois que a PF desbaratou e prendeu pessoas acusadas de fraudar licitações em mais de cem prefeituras paraibanas. Entre elas estava uma prima legítima do secretário dona de um cartório em uma cidade das cercanias de Campina Grande. Primo legítimo do governador Cássio Cunha Lima, Romero é deputado estadual e responde pela Casa Civil do Governo pasta estratégica para desenvolver programas de ações sociais. Ele foi nomeado para a pasta em substituição ao candidato do (PSDB) a prefeitura de Campina Grande, Rômulo Gouveia. O delegado também insinuou que pode ser preso “a qualquer momento” um candidato eleito vereador na capital. Ele não quis adiantar nomes, mas afirmou que o mesmo faria parte do esquema de compra de votos. Por outro lado, Derly disse que Potinho de Voto eximiu Felipe Leitão de qualquer responsabilidade no esquema. “Se for necessário, convoco Felipe para prestar depoimento”. Derly também disse que pode prender uma líder comunitária que reside em um bairro importante da cidade. Essa pessoa teria relacionamento com um vereador eleito, sendo um dos mais votados no último pleito. Fonte: José Maria Fontinelli