quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Motorista da mãe de Ricardo Lessa é primo da jovem Eloá e sobrinho de Everaldo
JUSTIÇA: 23//10/2008 - Enviado por Alguiberto Morais - Está sendo aguardada com grande expectativa, a vinda para Maceió, o ex-cabo PM, Everaldo Pereira, "o amarelo”, acusado de ser o atirador que matou o ex- diretor geral da Polícia Civil, Ricardo Lessa.O atual diretor geral da Polícia Civil, delegado Marcílio Barenco, informou que vem mantendo, contatos telefônicos com o ex-militar, que está disposto a se entregar e fazer uma série de revelações sobre as atividades da denominada Gangue Fardada.
O depoimento de “Amarelo”, poderá trazer a tona, o nome do autor intelectual do duplo, assassinato quando foram assassinados a tiros Ricardo Lessa e o motorista dele Antenor Carlota. “Vamos dar todas as garantias ao ex-militar para que ele se entregue a policia alagoana”, revelou Barenco, durante uma coletiva na sede da Polícia Civil em Jacarecica.
Ao ser procurado pela reportagem do Alagoas em Tempo, o ex-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa, irmão do ex-diretor geral da Polícia Civil, assassinado no dia 9 de outubro de 1991, por integrantes da denominada Gangue Fardada, entre eles o cabo Everaldo Pereira, o “Amarelo”, como era conhecido, pai da jovem Eloá Pereira Pimentel, morta a tiros pelo namorado, após ficar mais de 100 horas, em cativeiro em seu próprio apartamento,em santo André, São Paulo, classificou de ironia do destino o que aconteceu com a jovem e lamentou porque a polícia paulista, tenha o deixado fugir do hospital onde estava internado. “Um homem altamente perículoso, só espero que ele seja preso e pague pelos crimes que cometeu aqui em Alagoas, principalmente em, que meu irmão Ricardo, foi vitima”, disse o ex-governador Ronaldo Lessa, que deixou claro sua intenção de solicitar o apoio da Polícia Federal, de São Paulo, visando capturar o ex-cabo Everaldo.“Ele se diz disposto a se entregar a polícia alagoana, desde que lhe dê garantias de vida.
Não podemos confiar em declarações de pessoas com a índole de Everaldo, por isso é que vamos solicitar a intervenção da Polícia Federal".O ex-governador disse ainda que dos policiais que participaram do assassinato do então diretor geral da Polícia Civil, apenas o ex-cabo Everaldo Pereira, não havia sido localizado desde quando fugiu de Alagoas, depois de haver sido expulso da PM, como desertor.
Foram 17 anos fugindo da justiça, mas precisou acontecer uma tragédia dentro da família para ele ser localizado. Lamento pela garota que morreu, mas por outro lado nos sentimos mais tranqüilos, porque o ultimo homem que participou da morte de meu irmão, finalmente havia estava localizado.
Vamos esperar agora que a polícia paulista ou até mesmo a Polícia Federal, consiga prende-lo e que venha para Alagoas, pagar o débito que tem com a justiça. Sabemos ser ele um elemento considerado braço direito do ex-coronel Manoel Francisco Cavalcante, acusado de ser o comandante da gangue fardada.
Ironia do destino
O presidente estadual do PDT, Ronaldo Lessa, disse que a morte da jovem Eloá, representou uma ironia do destino em sua residência. “ Minha mãe, assistiu tudo pela televisão e ficou comovida com a situação das duas jovens que estavam como refém e o sofrimento maior foi quando se afirmou a morte de Eloá, neste momento ao ser exibida a foto do pai da garota, o Marcos, que é motorista de minha mãe Noélia, há vários anos disse que era primo legítimo de Eloá e que a família teve que deixar o estado, por envolvimento em crime. Como você vê, a ironia do destino.
O primo legítimo da jovem assassinada, motorista de minha mãe há vários anos, um rapaz de bem, cujo pai de Eloá, foi um dos pistoleiros que executaram o meu irmão Ricardo.
Gangue fardada
A vinda do ex-cabo Everaldo para Alagoas, poderá esclarecer vários assassinatos ocorridos no estado e atribuído ao grupo. Como diretor geral da Polícia Civil, o delegado Ricardo Lessa, descobriu que o grupo comandado pelo coronel Manoel Cavalcante, estava sendo responsável por vários crimes de mando e resolveu mandar um recado para Cavalcante, através de seus auxiliares que terminou sendo seus executores. Ricardo, teria mandado um recado dizendo que havia descoberto as ações e que iria desarticular o grupo.
Ricardo Lessa foi surpreendido dias depois, quando o grupo metralhou o diretor geral da Polícia.
Foram acusados na época o então tenente Silva Filho, os cabos Cícero Felizardo, ‘Cição’ que foi preso no sul do País e conduzido até o presídio Baldomero Cavalcante, de onde fugiu, Gabriel Oliveira, e Everaldo Pereira, que teria sido o autor dos disparos que vitimou Ricardo Lessa e o motorista Antenor Carlota. Everaldo desapareceu em 1993, quando foi expulso da Polícia Militar, como desertor e só foi visto agora com a morte da filha Eloá.
Por alemtemporeal/coisasdemaceio.com.br