O deputado estadual Jeová Campos acostou-se às diversas entidades de classe que saíram em defesa dos profissionais das equipes de reportagem da TV Bahia, afiliada da Globo no Estado, e da TV Aratu, do SBT, agredidas por seguranças e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, neste domingo (12), em Itamaraju. Assim como o Sinjorba-Sindicato dos Jornalistas Profissional da Bahia, a ABI - Associação Bahiana de Imprensa, a Abraji - Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo e tantas outras entidades, o parlamentar defendeu a liberdade de imprensa e a Constituição Federal, e acrescentou que há tempos esse comportamento da Presidência da República de agressões, constrangimentos e hostilidade à imprensa se repete. “Isso é inaceitável e antidemocrático. O exercício do jornalismo deve ser livre e soberano”, disse o parlamentar.
Jeová lembra que essa
postura tem sido um padrão de conduta do Presidente da República que em
declarações públicas desdenha do papel da Imprensa e desmoraliza jornalistas.
“Isso vergonhoso. Falta decoro, falta respeito, falta democracia, falta tanta
coisa e sobra violência, arrogância, misoginia e desrespeito de todas as formas
contra os profissionais de Imprensa que exercem um papel crucial e primordial
no exercício de suas funções”, reforçou o deputado, lembrando que o “mata-leão”
não gravado, mas, reconhecido oficialmente, contra a jornalista Camila Marinho,
da Rede Globo no episódio é algo que não pode ficar sem a devida punição.
A Associação Bahiana de
Imprensa – ABI repudiou o comportamento de Jair Bolsonaro afirmando que não tem
amparo no decoro que se espera de qualquer pessoa que venha a ocupar a
Presidência da República. “Atos e palavras francamente hostis à imprensa
enquanto instituição, suas empresas e profissionais; atos e palavras
explicitamente violentos e sugestivos de violência física contra jornalistas,
especialmente contra mulheres jornalistas, recentes e pretéritos, não nos
deixam alternativa”, diz a nota. “Se nem mesmo a investidura da Faixa
Presidencial e o juramento de posse bastaram para impor um mínimo de decoro à
conduta pessoal do Sr. Jair Messias Bolsonaro”, destaca mais adiante a nota.
Já a TV Globo se manifestou
sobre as agressões sofridas pelos repórteres de sua afiliada e da TV Aratu
pedindo que o Supremo Tribunal Federal se pronuncie contra a violência aos
profissionais de Imprensa. “É escandalosa a atitude da Presidência de deixar
jornalistas à própria sorte, em meio a apoiadores fanáticos, que são insuflados
quase diariamente pelo próprio presidente em sua retórica contra o trabalho da
imprensa”, diz a Globo.
A Abraji disse que “repudia
as agressões e demanda que as autoridades competentes orientem a equipe de
segurança do presidente para que respeite o trabalho dos jornalistas, pois
lamentavelmente esse tipo de agressão vem se repetindo. Além disso, exige que
Jair Bolsonaro cesse os ataques verbais contra a imprensa, os quais incentivam sua
militância a agredir repórteres e impedir seu trabalho, o qual é garantido pela
Constituição Federal”, disse em nota.
“Liberdade de imprensa é um
indivíduo publicar e dispor de acesso à informação através dos meios de
comunicação, sem interferência do estado, e esse é um direito que está sendo
negado por esse governo desde que Jair Bolsonaro assumiu o comando. Em alguns
momentos ele foi acusado de inflar seus apoiadores contra a imprensa, em outros
ele mesmo mandou jornalistas calarem as bocas e agora ele deixa todos à mercê
de agressões físicas e verbais de seus correligionários e seguranças. Isso é
lamentável e delinquente até. Não podemos mais permitir isso”, comentou o
deputado.
Assessoria