Para o presidente do
Sindalcool, Edmundo Barbosa, a gratificação compensatória aos cortadores de
cana se dá em razão da valorização do etanol que acaba se refletindo no valor
do insumo, uma forma de participação dos trabalhadores.
O acompanhamento dos preços
do etanol anidro e hidratado nas usinas em vários Estados, entre eles, a
Paraíba, é publicado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)
da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), unidade da Universidade
de São Paulo (USP).
Quando o preço do etanol
está mais elevado ele influencia o preço referencial do Preço Referencial do
ATR (Açúcares Totais Recuperáveis), que representa a qualidade da cana, uma
medida de rendimento ao ser convertida em açúcar ou álcool através dos
coeficientes padrão de transformação nas usinas.
O ATR é calculado pelo
Sindalcool com base no valor dos preços de mercados, fundamentado pelo conselho
que reúne representantes de produtores rurais de cana-de-açúcar, de usinas de
açúcar e destilarias de álcool do Estado da Paraíba (Consecana).
O preço referencial líquido
da tonelada de cana-de-açúcar de cada mês é aferido pelo Consecana, publicado
em meio eletrônico pelo Sindalcool e informado mensalmente para pagamento no
mês subsequente, além de ser divulgado para todos os signatários da convenção.
A sigla ASG está no centro
das discussões entre empresas e investidores. A de questões ambientais, S de Social
e G de governança. Estas práticas distinguem as empresas que tem trabalhado
para cumprir os acordos trabalhistas estabelecidos.
Para usinas, consumidores e
investidores no etanol, essas são práticas honradas. Quanto maior o consumo de
etanol, melhores as condições sociais. Esse é um diferencial do Estado da
Paraíba no qual a convenção coletiva estabelece esse ganho adicional.
Assessoria