Uma operação policial foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (5) com o intuito de cumprir 11 mandados de busca e apreensão para investigar fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no Hospital Padre Zé e também na Ação Social Arquidiocesana (ASA), em João Pessoa
Segundo nota da operação, as informações acerca do caso descrevem possíveis desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e pagamento de propinas a funcionários vinculados às referidas entidades. As condutas indicam a prática, em princípio, dos delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.
Estão sendo cumpridos 11 mandados judiciais de busca e apreensão, em endereços de três investigados, sendo oito em João Pessoa, um no Conde e dois na cidade de São Paulo.
O padre Egídio foi procurado pelo g1 e confirmou estar ciente da operação, mas não se posicionou e disse que em breve deve se pronunciar sobre o caso. A defesa do padre Egídio informou que está acompanhando as diligências, mas não quis se pronunciar. O padre Egídio é o principal suspeito de estar envolvido nas irregularidades identificadas no Hospital Padre Zé.
De acordo com apuração da TV Cabo Branco, os outros alvos são Jannyne Dantas, diretora administrativa do Hospital Padre Zé, e Amanda Duarte, tesoureira da unidade hospitalar filantrópica. O g1 entrou em contato com Jannyne para obter algum posicionamento, mas não obteve retorno.
A investigação aponta, segundo a nota, para uma absoluta e completa confusão patrimonial entre os bens e valores de propriedade das referidas pessoas jurídicas com um dos investigados, com uma considerável relação de imóveis atribuídos, aparentemente sem forma lícita de custeio, quase todos de elevado padrão, adornados e reformados com produtos de excelentes marcas de valores agregados altos.
A operação “Indignus” é uma força tarefa composta pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Estado da Paraíba, Polícia Civil da Paraíba, Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba e pela Controladoria-Geral do Estado da Paraíba.
G1/PB