O deputado estadual Jeová
Campos (PSB) negou nesta quinta-feira (07), que pretenda arquivar o projeto de sua autoria e que
incorpora ao Palácio da Redenção o nome do dramaturgo Ariano Suassuna, nascido
na sede do Governo em 1927. Ao contrário, ele anunciou que vai realizar um
amplo debate, provavelmente na semana que vem para tratar do assunto. As
entidades que subscreveram uma carta de repúdio à mudança e vários representantes
do segmento cultural serão convidados a opinar sobre a proposta.
"Vou transformar essa
questão em um grande debate, ouvindo a todos. Vamos convocar todo o setor de
cultura e as entidades que já se pronunciaram sobre isso para discutir o
assunto na próxima semana. Não se pretende rediscutir as balas e os amores
traídos de 30. Ariano Suassuna não tem nada a ver com isso e nem com partidos
políticos. O debate real não é sobre as inconsequências das oligarquias da
Paraíba. Isso não nos interessa. Já se debateu muito sobre isso e ninguém
chegou a conclusão alguma. O que nos interessa é o valor do teatrólogo e trazer
para o centro do debate cultural essa relíquia do povo que é Ariano Suassuna,
motivo de orgulho para a Paraíba e o Brasil. Ele nasceu no Palácio, mas viveu
com a nobreza do povo e é esse valor que queremos incorporar ao Palácio da
Redenção", declarou o parlamentar.
O Projeto de Lei Nº
67/2015, que foi retirado de pauta da sessão do último dia 29, a pedido do
próprio parlamentar, sugere o acréscimo do nome "Ariano Suassuana" ao
nome do Palácio. Por causa dele, representantes de dez entidades encaminharam
ao presidente da ALPB, Adriano Galdino, um abaixo-assinado se posicionando
contra o projeto.
Assinaram o documento contrário à mudança o presidente da IHGP,
Joaquim Carneiro, Marcela Sitônio (API), Odon Bezerra (OAB/PB), Rogério Almeida
(ABRAJET/PB), Damião Ramos (APL), Ricardo Bezerra (APLJ), Jairo Targino
(ALANE), Ricardo Maia (APM), Wills Leal (APC) e Fabiano Melo (IAB).
AL-PB