De janeiro até agosto deste ano, mais de
300 reservatórios públicos e privados foram beneficiados em 48
municípios paraibanos, totalizando quase um milhão e meio de alevinos
produzidos pela Estação de Piscicultura de Itaporanga (EPI), ligada à
Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa), por
meio da Divisão de Piscicultura e Pesca Artesanal (Dipis). Desse
montante, 56% (mais de 800 mil unidades) da produção foram doados e 24%
(342 mil) tiveram a finalidade de comercialização, restando 20% (285
mil) para o estoque futuro, beneficiando, assim, quase duas mil
famílias.
Esses dados são referentes ao balanço
realizado pela EPI, que tem a meta de abranger todos os 223 municípios
paraibanos em mais de 1.500 açudes, produzindo mais de quatro milhões de
alevinos entre carpa (diversas variedades), tilápia (tailandesa),
tambaqui e curimatã (comum). Além da Estação, a Empasa possui também
núcleos de apoio (berçários de alevinos) em operação nos municípios de
Riachão de Araruna, Patos, Sousa e a ser operacionalizado o de Santa
Luzia.
A missão desse trabalho é promover a
produção, a extensão, o ensino e a pesquisa do cultivo de peixes em
águas interiores (lagos, açudes e rios), como também fomentar a
piscicultura em todos os mananciais do território paraibano, utilizando
tecnologia apropriada, não nociva ao meio ambiente, com programas
sociais envolvendo profissionalismo e respeito ao ser humano, gerando
desenvolvimento, alimento, emprego e renda para as comunidades.
O grupo, composto por 25 funcionários,
desde o ano de 1986 desencadeou no Estado um processo de conscientização
do aproveitamento racional das águas para o cultivo de peixes,
apostando que a Paraíba venha a ser um grande polo na produção de
pescado, nos três tipos de piscicultura: extensiva, semi-intensiva e
intensiva. Entre os anos de 1990 e 2011 (até o mês de agosto), a
produção de alevinos distribuídos saltou de 225 mil para quase um milhão
e meio de unidades.
Critérios – Para ter
acesso ao programa de Peixamento Estadual de Açudes, o piscicultor deve
seguir cinco critérios: o açude tem de ser público ou comunitário; a
entidade solicitante deve enviar à Empasa cadastro técnico com nome do
açude, sua área e localização; a divisão faz uma visita técnica ao
local; com o parecer técnico favorável, o açude é incluído no Programa
de Peixamento para posterior atendimento; e, por fim, o fornecimento dos
alevinos aos projetos piscícolas com preços subsidiados.
“Na EPI temos uma área total de 25,6
hectares, com 20 viveiros de alevinagem; seis viveiros para
reprodutores; dez tanques de alevinaria para limpeza e embalagem; três
barragens para formação de plantel e cultivo técnico programado e oito
tanques de alvenaria para reversão da tilápia. A intenção do Governo
Estadual é incentivar a cadeia produtiva, bem como o consumo desse
alimento saudável, que tem um preço mais em conta e gera emprego e renda
na zona rural”, esclarece o presidente da Empasa, José Tavares
Sobrinho.
Saudável – O peixe é a
solução alimentar mais rápida, nutritiva e econômica para o ser humano,
pois o pescado oferece proteínas de fácil digestão pelo organismo;
contem vitaminas essenciais (A, D e complexo B), sais minerais como
cálcio, fósforo, magnésio e ferro; é leve, magro e rico em substâncias
com propriedades que evitam a formação do colesterol ruim e mantém o
colesterol bom; e é pobre em carboidratos. Como característica de fonte
alimentar, o peixe armazena poucas gorduras, calorias e gorduras
saturadas, mas é rico em proteínas, em relação às demais carnes como a
bovina, suína, ovina, caprina e frango, mantendo sua importância nas
fases da infância, adolescência e maturidade.