terça-feira, 4 de outubro de 2011

Açudes são beneficiados com alevinos distribuídos pela Empasa

De janeiro até agosto deste ano, mais de 300 reservatórios públicos e privados foram beneficiados em 48 municípios paraibanos, totalizando quase um milhão e meio de alevinos produzidos pela Estação de Piscicultura de Itaporanga (EPI), ligada à Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa), por meio da Divisão de Piscicultura e Pesca Artesanal (Dipis). Desse montante, 56% (mais de 800 mil unidades) da produção foram doados e 24% (342 mil) tiveram a finalidade de comercialização, restando 20% (285 mil) para o estoque futuro, beneficiando, assim, quase duas mil famílias.

Esses dados são referentes ao balanço realizado pela EPI, que tem a meta de abranger todos os 223 municípios paraibanos em mais de 1.500 açudes, produzindo mais de quatro milhões de alevinos entre carpa (diversas variedades), tilápia (tailandesa), tambaqui e curimatã (comum). Além da Estação, a Empasa possui também núcleos de apoio (berçários de alevinos) em operação nos municípios de Riachão de Araruna, Patos, Sousa e a ser operacionalizado o de Santa Luzia.

A missão desse trabalho é promover a produção, a extensão, o ensino e a pesquisa do cultivo de peixes em águas interiores (lagos, açudes e rios), como também fomentar a piscicultura em todos os mananciais do território paraibano, utilizando tecnologia apropriada, não nociva ao meio ambiente, com programas sociais envolvendo profissionalismo e respeito ao ser humano, gerando desenvolvimento, alimento, emprego e renda para as comunidades.

O grupo, composto por 25 funcionários, desde o ano de 1986 desencadeou no Estado um processo de conscientização do aproveitamento racional das águas para o cultivo de peixes, apostando que a Paraíba venha a ser um grande polo na produção de pescado, nos três tipos de piscicultura: extensiva, semi-intensiva e intensiva. Entre os anos de 1990 e 2011 (até o mês de agosto), a produção de alevinos distribuídos saltou de 225 mil para quase um milhão e meio de unidades.

Critérios – Para ter acesso ao programa de Peixamento Estadual de Açudes, o piscicultor deve seguir cinco critérios: o açude tem de ser público ou comunitário; a entidade solicitante deve enviar à Empasa cadastro técnico com nome do açude, sua área e localização; a divisão faz uma visita técnica ao local; com o parecer técnico favorável, o açude é incluído no Programa de Peixamento para posterior atendimento; e, por fim, o fornecimento dos alevinos aos projetos piscícolas com preços subsidiados.

“Na EPI temos uma área total de 25,6 hectares, com 20 viveiros de alevinagem; seis viveiros para reprodutores; dez tanques de alevinaria para limpeza e embalagem; três barragens para formação de plantel e cultivo técnico programado e oito tanques de alvenaria para reversão da tilápia. A intenção do Governo Estadual é incentivar a cadeia produtiva, bem como o consumo desse alimento saudável, que tem um preço mais em conta e gera emprego e renda na zona rural”, esclarece o presidente da Empasa, José Tavares Sobrinho.

Saudável – O peixe é a solução alimentar mais rápida, nutritiva e econômica para o ser humano, pois o pescado oferece proteínas de fácil digestão pelo organismo; contem vitaminas essenciais (A, D e complexo B), sais minerais como cálcio, fósforo, magnésio e ferro; é leve, magro e rico em substâncias com propriedades que evitam a formação do colesterol ruim e mantém o colesterol bom; e é pobre em carboidratos. Como característica de fonte alimentar, o peixe armazena poucas gorduras, calorias e gorduras saturadas, mas é rico em proteínas, em relação às demais carnes como a bovina, suína, ovina, caprina e frango, mantendo sua importância nas fases da infância, adolescência e maturidade.

Secom