sexta-feira, 17 de maio de 2024

Pré-candidata de Zé Aldemir pode ter fraudado certificado do mestrado para se beneficiar financeiramente

TCE investiga se Corrinha Delfino fez uso de certificado de mestrado sem validação para turbinar salário de R$4.750,00 para R$16.626,00

Surge novo questionamento sobre possível ato irregular da secretária de Educação de Cajazeiras, a professora Corrinha Delfino, pré-candidata a prefeita pelo (PP). A possível irregularidade diz respeito ao suposto uso de certificado de curso de mestrado sem validação para turbinar salários. A mesma já está sendo investigada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE/PB).

De natureza grave, o novo caso envolvendo a pré-candidata a prefeita de Cajazeiras, soma-se às denúncias de acumulação ilegal de cargos, recebimento de pagamento da Prefeitura de Cachoeira dos Índios sem a devida contraprestação de serviços e uma tripla acumulação de cargos na Gerência Regional da Educação com cargos de professora em Cajazeiras e Cachoeira dos Índios entre 2011 e 2014,

A nova denúncia veio ao conhecimento público durante entrevista do ex-deputado Jeová Campos ao programa Boca Quente parte II, da Difusora Cajazeiras. 

Perguntado pelo radialista Silvano Dais se já havia representado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e, ao Ministério Público (MPPB) sobre a denúncia anterior de acumulação de cargos, o ex-deputado revelou a tramitação na Corte de Contas de investigação requerida pela Câmara Municipal de Cajazeiras e que incluiu o caso do certificado sem validade. Jeová disse ainda, esperar que os fatos sejam devidamente esclarecidos.

O Tribunal de Contas investiga se a professora Corrinha Delfino se utilizou de um certificado de mestrado não reconhecido pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e do Ministério da Educação para aumentar seu próprio salário, no exercício do cargo de secretária da Educação, de R$ 4.750,00 para R$ 16.626,00.

A suspeita é que a professora Corrinha Delfino tenha se valido, para promover sua ascensão vertical na Secretaria de Educação e, portanto, turbinar seu salário, de um certificado de Mestrado em Ciências da Educação pela ACU-Absoulute. Ocorre que a referida instituição não tem autorização para validar diplomas junto a Capes. A informação sobre o suposto mestrado consta do próprio currículo da secretária com a anotação de “mestrado em andamento”.  

Caso o Tribunal de Contas confirme o uso de certificado sem validação pela professora Corrinha Delfino para ascensão vertical e aumento de salários, haverá a configuração de crime, sujeito a condenação penal e a devolução dos recursos recebidos indevidamente, e implica em um ato de desonestidade no exercício de cargo público.


Da Redação com Assessoria