quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Audiência Pública debateu retrocessos que trabalhadores terão se a PEC 287 for aprovada como está sendo proposta pelo governo Temer

Um Ato Público que percorreu as principais vias de Cajazeiras precedeu a realização da audiência que contou com a participação do deputado estadual Jeová Campos
A forma e efeitos que as mudanças propostas na reforma da previdência, pelo governo de Michel Temer, através da PEC 287, vão desencadear na vida dos trabalhadores brasileiros foi tema de uma Audiência Pública, realizada nesta quinta-feira (09), na Câmara Municipal de Cajazeiras. Antes da audiência, proposta pelo vereador Rivelino Martins, e que contou com a participação do deputado estadual Jeová Campos, representantes de sindicatos e entidades diversas promoveram um ato de protesto, que saiu da sede do Sindicato Rural de Cajazeiras e percorreu várias ruas da cidade, para chamar atenção da população sobre a gravidade do tema que está em pauta no Congresso e que vai impactar a vida da maior parte dos brasileiros, principalmente os mais pobres e os assalariados.

“Estou esperançoso de que vamos conseguir encontrar caminhos que façam com que o clamor das ruas e a indignação das pessoas façam ecoar no Congresso e chegue aos nossos representantes federais que essa PEC 287 não pode ser aprovada da forma como está sendo proposta. Sinto que cresce o movimento contra essa proposta absurda que tira direitos dos trabalhadores e penaliza severamente os agricultores e fico feliz com as mobilizações que estão acontecendo na Paraíba”, destacou Jeová Campos, que junto com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura da Paraíba – FETAG-PB, promove, no próximo dia 17, às 10h, um debate sobre esse tema.

Em relação às mobilizações e debates contra a PEC 287, no próximo sábado (11), haverá outra audiência pública na Câmara Municipal de Bernardino Batista, às 19h. Na segunda-feira (13), às 9h, a mobilização acontece na Câmara de Uiraúna, às 9h. Já na terça-feira (14), pela manhã, a partir das 9h, o debate acontece na Câmara da cidade de Poço José de Moura e à noite, a partir das 19h, na Câmara de São José de Piranhas. Segundo o presidente da FETAG, Liberalino Ferreira, essas mobilizações acontecerão em outras cidades e sindicatos da Paraíba. “Precisamos estar unidos para barrar essa PEC e essa união vai ser ampliada na medida em que as pessoas tomem conhecimento da gravidade da proposta em relação à supressão de direitos e prejuízos para os trabalhadores, principalmente os trabalhadores rurais que são os mais prejudicados com essa proposta”, destacou Liberalino.

Para Jeová, a PEC 287 é ‘descabidas, absurda e excludente’. “Essa reforma é um pacote do mal, que deveria ser denominada ‘PEC dos horrores’, pois ela retira direitos, suprime garantias, penaliza os mais pobres, prejudica os trabalhadores rurais de maneira muito cruel, ao aumentar a idade, cortar a isenção, etc, e, infelizmente, muita gente ainda não sabe o ônus que pagará se ela for aprovada, daí a necessidade de esclarecer a população sobre o que realmente está por vir para que, a partir daí, possamos pressionar a nossa bancada federal a votar contra esse absurdo”, afirma Jeová.

Além do deputado e do presidente da FETAG, falaram ainda na audiência de Cajazeiras o prefeito, José Aldemir, o vice-prefeito,  Marcos Antonio Gomes, a assessora jurídica da FETAG, Jeane da Costa, o Prof. Eugenio Cavalcante, representante do SINFUMC, Socorro Gouveia,  da CPT e Rildo Soares, presidente do Sindicato dos Trabalhadores  Rurais de Cajazeiras. No final da audiência foi formatado um documento que será encaminhado aos deputados federais e senadores que integram a bancada federal paraibana e também para os deputados estaduais da Paraíba, solicitando que eles se mobilizem contra a PEC 287 e, no caso, dos congressistas, com um apelo para que não aprovem a proposta como ela foi apresentada originalmente pelo Governo Temer.

Assessoria