“Olhando friamente e de maneira técnica, esse rombo nas contas das Americanas passará dos R$ 60 bilhões, mas eu não me surpreenderia se passasse dos R$ 80 bilhões ou até mesmo dos R$ 100 bilhões, porque é um efeito dominó”, declarou o especialista. “Por isso, é importante que se tenha uma alternância na alta administração da empresa. Essa troca de cargos traz novos ares, mas também serve para reafirmar a visão, missão e valores da empresa”, complementou.
Como a empresa perdeu bilhões de reais? Essa é uma pergunta a qual a resposta ainda está sendo apurada e estudada. Pode ser realmente que houve um erro grave de gestão, mas também pode ter sido caso de fraude. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu três processos para analisar as inconsistências nas contas da varejista. “A governança administrativa está se fazendo presente no caso. Admiro bastante o posicionamento, tanto do CEO, Sergio Rial, quanto do CFO, André Covre, que após 10 dias no cargo encontraram inconsistências dessa magnitude e logo reportaram publicamente, exercendo o 4° pilar da governança corporativa: a transparência”, explicou Josiclei Cruz. “Se não há governança, em algum momento ficará visível que a empresa não estava levando a sério o papel de governança e gestão, logo terá que lidar com as consequências. O caso das Americanas serve de exemplo para todo o mercado nacional”, finalizou o especialista.
No último dia 16, a empresa anunciou o nome do novo CEO da marca, João Guerra Duarte Neto, que também foi eleito para o cargo de diretor de relações com investidores (CFO).
Com Positiva Comunicação