Costumo dizer — e há muito tempo — que é nos momentos de crise que se forjam os grandes caracteres e surgem as mais poderosas nações.
Em 18 de dezembro de 1982, em Goiânia/GO, Brasil, na entrevista que concedi à repórter Cristina, da TV Goyá, relembrei uma bandeira que me acompanha desde a juventude: viver a unidade na diversidade, para vencer a adversidade.
Por isso, nos encontros entre expressivas economias do planeta — naturalmente movidas pelo instinto de sobrevivência, ressaltado por mim na Folha de S.Paulo, em 27 de abril de 1986 — na busca de mecanismos salutares para o enfrentamento de crise, é essencial, contudo, que a razão seja permeada pelo espírito solidário (coisa ainda rara nesses relacionamentos internacionais), pois o coração torna-se mais propenso a ouvir sempre que a Fraternidade é, de fato, o alicerce do diálogo. Desejo, portanto, submeter ao critério de meus leitores que podemos construir uma sociedade globalizada melhor, de Paz, de Fraternidade Ecumênica e batalhar para essa transformação em toda a parte, tema que igualmente defendi na revista Globalização do Amor Fraterno.
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.