Como uma das alterações que
mais contribuem para esses casos estão a depressão, transtornos de ansiedade,
esquizofrenia e distúrbios por uso de drogas lícitas e ilícitas, sem dúvida,
nesse cenário, a depressão é a mais relevante atingindo 30 milhões de pessoas
no mundo, e no Brasil apresentando-se com a maior taxa de incidência da América
Latina (5,8% da população, ou seja, quase 12 milhões de pessoas).
Nos últimos 16 anos, mortes
advindas dos processos depressivos cresceram 705%. A pandemia também
incrementou as doenças psíquicas devido as perdas de diversas vidas, problemas
financeiros e o isolamento social. O problema mora do nosso lado, ou debaixo
dos nossos próprios olhos.
Para a médica do esporte e
nutróloga, Clarissa Rios, entre as várias formas de prevenção, o exercício
físico se encontra com uma perspectiva possível e eficiente, pois tem potencial
de promover a secreção de substâncias neuromoduladoras cerebrais que, além de
proteger contra o envelhecimento cerebral, são capazes de modular as respostas
emocionais.
De acordo ainda com Clarissa
Rios, durante o movimento físico, nosso corpo libera substâncias relacionadas
ao bem estar que ajudam no controle do humor, ansiedade e insônia, sem contar
na melhora da auto estima. “Jovens que praticam exercícios regulares relatam
menor quantidade de episódios de tristeza, e pessoas sedentárias apresentam
maior prevalência de quadros depressivos”, informou.
A médica do esporte e
nutróloga ainda lembrou que populações que praticam exercícios regulares também
utilizam com menor frequência medicamentos antidepressivos, isso porque, esses
medicamentos, na grande maioria das vezes, são utilizados para permitir que os
neurotransmissores permaneçam disponíveis por mais tempo nas sinapses nervosas,
fazendo suas ações de modulação do metabolismo.
A tristeza de longa data, a
falta de vontade de fazer as coisas, a labilidade emocional, a dor crônica,
podem reduzir a produção dos compostos do nosso sistema nervoso central,
afetando não só o humor, mas a execução das tarefas diárias e até mesmo dos
processamentos cerebrais como a memória, a capacidade de concentração e o sono.
Para a Dra Clarissa Rios,
algumas pessoas necessitarão de medicamentos que possam substituir a produção
endógena devido a momentos de agudização da depressão e ansiedade, contudo, em
longo prazo, podem utilizar o exercício físico regular como remédio, já que
atuará também no cérebro, reproduzindo efeitos semelhantes.
Conforme artigo científico
publicado em 2001, o aparecimento de sintomas depressivos é maior nas pessoas
que têm menos tempo dedicado as atividades físicas.
Outro artigo publicado em
2007 apontou que o sedentarismo é um fator relacionado positivamente com a
depressão, sugerindo um efeito protetor do exercício para o surgimento dessa
doença. “Quem faz exercício físico está fazendo uma poupança para o
envelhecimento saudável”, afirmou a médica Clarissa Rios.
Assessoria de Imprensa