Na nova edição do meu livro
Jesus e a Cidadania do Espírito (2019), comento que, em certos casos, o fim da
guerra fria em pouco ou nada arrefeceu rancores e ódios humanos, sociais,
políticos, econômicos, religiosos. O 32o presidente dos Estados Unidos, Franklin
Delano Roosevelt (1882-1945), em 5 de setembro de 1939, após a lamentável
irrupção da Segunda Guerra Mundial — que ocorreu em 1o de setembro, com a
invasão da Polônia pelas tropas alemãs de Adolf Hitler (1889-1945) —,
dirigiu-se ao povo norte-americano em discurso transmitido pelo rádio,
destacando: “Quando a paz é quebrada em qualquer lugar, a paz de todos os
países de todos os lugares é ameaçada”.
Conforme escrevi em
Reflexões e Pensamentos — Dialética da Boa Vontade (1987) e também na Folha de
S.Paulo, em 11 de dezembro de 1988, o combate à violência no mundo começa na
luta contra a indiferença à sorte do vizinho. Não sou pessimista, acredito no
futuro. Mas ainda há insegurança e crueldade por toda a parte.
Maiores predadores
Fala-se em Paz. Contudo,
mensagem de expressivo sentido encontra-se na Primeira Epístola do Apóstolo
Paulo aos Tessalonicenses, 5:3: “Quando andarem dizendo: ‘Paz, segurança!’, eis
que lhes sobrevirá repentina destruição, como vem a dor do parto àquela que
está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão”.
Não estejamos nós
contribuindo para a concretização desse quadro, incluído o fato de que pela
nossa ação diária somos os maiores predadores do nosso lar coletivo, a Terra, e
nisso se concentra o pior perigo. Temos de interromper o emporcalhamento
(Isaías, 24:1, 5 e 6) do que nos cerca e, por consequência, parar de destruir
vidas. Uma sugestão aos que não têm medo de pensar: leiam, por favor, os
fraternos alertamentos do Evangelho e do Apocalipse do Cristo Ecumênico, o Divino
Estadista, sobre a transição dos tempos, até mesmo “a Grande Tribulação, como
nunca houve, desde a fundação do mundo, nem jamais se repetirá”, de acordo com
a Sua advertência no Evangelho, segundo Mateus, 24:3 a 28; Marcos, 13:3 a 23; e
Lucas, 21:7 a 24.
Amor e repreensão
As anomalias climáticas são
justamente grave anúncio sobre a realidade das admoestações do Professor
Celeste no Novo Testamento da Bíblia Santa. (...) Ora, quem adverte ama. Razão
por que Jesus, na Carta à Igreja em Laodiceia, declara: “Aqueles a quem amo,
repreendo e castigo” (Apocalipse, 3:19).
Diante disso, o Livro das
Profecias Finais pode ser entendido como carinhosa e preocupada admoestação,
por conseguinte, um recado do Amor de Deus às Suas criaturas. Perseveremos nos
sublimes ensinamentos do Pai Celestial, os quais nos fortalecem para enfrentar
com bravura tempos de grande provação, fundamentando nossas esperanças no
Divino Criador, que nunca nos abandona. Lembremos sempre a assertiva do saudoso
fundador da Legião da Boa Vontade, Alziro Zarur (1914-1979): “Não há segurança
fora de Deus”.
José de Paiva Netto ― Jornalista,
radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com