Os
artistas de Cajazeiras deram uma demonstração de maturidade quando
concordaram sobre a criação do Conselho de Política de Cultural esta
semana. A compreensão de que é necessário apressar o processo de
implantação do Sistema Municipal de Cultura em Cajazeiras levou os
presentes à reunião da Secretaria Municipal de Cultura a optarem pela a
criação do referido conselho como forma de adiantar o processo que
discutirá as políticas culturais do município. A constituição do
Conselho Municipal de Cultura foi um avanço na medida em que restabelece
a discussão sobre a questão da Cultura em nossa cidade suspenso desde
fins de 2009.
É um contra-senso a cidade de
Cajazeiras, que tem o seu nome ungido sob o sacerdócio da educação e
está identificada com a cultura, não ter conseguido implantar o seu
Sistema Municipal de Política Cultural. Faz-se urgente uma política de
cultura eficaz, que promova a cidadania, ampla e participativa, que a
torne referência como centro irradiador de cultura. Hoje, esse debate
está na pauta das discussões em todo o Brasil como política de estado
para a cultura em toda a sua diversidade e nós não podemos nos furtar da
responsabilidade de avançar nessa discussão sob pena de ficarmos de
fora do processo de gestão compartilhada entre as esferas da
administração pública, como a União, Estado e Município.
O debate da instauração de uma política
de cultura efetiva para a cidade, tanto no aspecto da gestão, como no
estabelecimento do Sistema de cultura como no da responsabilidade que o
município assume como agente indutor de cultura manifesta o interesse do
governo e dos artistas e agentes culturais da cidade de dialogarem
sobre a realidade cultural do município, em seus diversos aspectos e
sobre o estágio em que ficou estagnado o desenvolvimento de uma política
de cultura para Cajazeiras. Esse entendimento deriva do fato dos
diversos atores que atuam na área entenderem que estamos em atraso com a
instituição do Sistema Municipal de Cultura e com a Formulação do Plano
de Cultura que restabeleça e reforce a nossa identidade cultural, de
maneira que se possa dar um salto qualitativo na promoção da inclusão e
da cidadania através da cultura. O compromisso da Subsecretaria de
Cultura, ‘organograma da administração anterior’, e do secretário
Agnaldo Cardoso com a realização da 3ª Conferência Municipal de Cultura,
que deverá realizar-se, provavelmente, ainda no primeiro semestre desse
ano de 2013, demonstra o interesse da nova administração em retomar as
discussões em torno do avanço que significará a adesão da nova
administração à política cultural das administrações federal e estadual.
A realização da 3ª Conferência é um marco importante no qual deveremos
rever as propostas discutidas nas outras conferências e redimensionarmos
as ações da ‘política cultura’ e sobre os novos desafios que se impõe
pra que alcancemos uma convivência harmônica entre o poder público e as
instâncias da sociedade civil organizada.
O Seminário realizado em abril de 2008,
em São Paulo, pelo instituto Itaú cultural, Agência Espanhola de
Cooperação Internacional e o Centro Cultural de Espanha em São Paulo.
Uma discussão sobre as linhas de forças para o entendimento da cultura
em relação à cidade, diz que: “Na nova governança da cidade um papel de
relevo está reservado à cultura. Uma política cultural para a cidade
está em vias de definição. Impõe-se uma política de cultura firmada na
centralidade da cultura para as políticas públicas, que trate de
encontrar soluções para a vida em comum da cidade. Uma convivência entre
cultura e cidade precisa ser formulada, num processo de reinvenção do
cotidiano (…) a definição de modos culturais criativos de relacionamento
com os equipamentos e problemas urbanos; o estímulo à cidade
culturalmente diversa; a opção pelo desenvolvimento humano tanto quanto
pelo desenvolvimento econômico; o cuidado no respeito e na multiplicação
dos direitos culturais renovados com criatividade; o apoio à ideia de
uma nova cidade transformada que possa mover a economia, a prioridade da
institucionalidade da cultura; a sustentabilidade, traduzir
a cultura em vetor da vida cotidiana, é um documento sobre as vivências
das cidades que pelo mundo tiveram experiências exitosas no trato da
economia da cultura e que conseguiram desenvolver-se, preservar e
promover a cultura como identidade, como referência do seu povo e
conquistaram uma significativa qualidade de vida promovendo a cultura
como vetor do desenvolvimento econômico na medida em que cuidaram de
promover a vida dos seus habitantes. A discussão sobre cultura é uma
maneira estratégica de pensar sobre nossa sociedade e realiza-se de
modos diferentes e contraditórios. O destino de cada agrupamento está
marcado pelas maneiras de organizar e transformar a vida em sociedade,
superar os conflitos de interesses e tensões geradas na vida social.
Cada cultura é o resultado de uma história particular e de suas relações
com outras culturas.
É com interesse e expectativa que
acreditamos ser possível ir à frente, avançarmos no que diz respeito à
cultura, que, promovendo o diálogo com todos os atores e interessados, a
gente se reencontre com nossa identidade. É com essa visão e com esse
compromisso que estamos contribuindo para trilharmos esse caminho e
alcançarmos a promoção do bem estar através da gestão das políticas
públicas de cultura, que deverão ser encaminhadas, instituídas e
consolidadas na administração da Prefeita Denise na área da cultura.
Assessoria – ARCA