sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Entidade se preocupa pela não implantação do Sistema Municipal de Cultura em Cajazeiras



sistema de politica de culturaOs artistas de Cajazeiras deram uma demonstração de maturidade quando concordaram sobre a criação do Conselho de Política de Cultural esta semana. A compreensão de que é necessário apressar o processo de implantação do Sistema Municipal de Cultura em Cajazeiras levou os presentes à reunião da Secretaria Municipal de Cultura a optarem pela a criação do referido conselho como forma de adiantar o processo que discutirá as políticas culturais do município. A constituição do Conselho Municipal de Cultura foi um avanço na medida em que restabelece a discussão sobre a questão da Cultura em nossa cidade suspenso desde fins de 2009.

É um contra-senso a cidade de Cajazeiras, que tem o seu nome ungido sob o sacerdócio da educação e está identificada com a cultura, não ter conseguido implantar o seu Sistema Municipal de Política Cultural. Faz-se urgente uma política de cultura eficaz, que promova a cidadania, ampla e participativa, que a torne referência como centro irradiador de cultura. Hoje, esse debate está na pauta das discussões em todo o Brasil como política de estado para a cultura em toda a sua diversidade e nós não podemos nos furtar da responsabilidade de avançar nessa discussão sob pena de ficarmos de fora do processo de gestão compartilhada entre as esferas da administração pública, como a União, Estado e Município.

O debate da instauração de uma política de cultura efetiva para a cidade, tanto no aspecto da gestão, como no estabelecimento do Sistema de cultura como no da responsabilidade que o município assume como agente indutor de cultura manifesta o interesse do governo e dos artistas e agentes culturais da cidade de dialogarem sobre a realidade cultural do município, em seus diversos aspectos e sobre o estágio em que ficou estagnado o desenvolvimento de uma política de cultura para Cajazeiras. Esse entendimento deriva do fato dos diversos atores que atuam na área entenderem que estamos em atraso com a instituição do Sistema Municipal de Cultura e com a Formulação do Plano de Cultura que restabeleça e reforce a nossa identidade cultural, de maneira que se possa dar um salto qualitativo na promoção da inclusão e da cidadania através da cultura. O compromisso da Subsecretaria de Cultura, ‘organograma da administração anterior’, e do secretário Agnaldo Cardoso com a realização da 3ª Conferência Municipal de Cultura, que deverá realizar-se, provavelmente, ainda no primeiro semestre desse ano de 2013, demonstra o interesse da nova administração em retomar as discussões em torno do avanço que significará a adesão da nova administração à política cultural das administrações federal e estadual. A realização da 3ª Conferência é um marco importante no qual deveremos rever as propostas discutidas nas outras conferências e redimensionarmos as ações da ‘política cultura’ e sobre os novos desafios que se impõe pra que alcancemos uma convivência harmônica entre o poder público e as instâncias da sociedade civil organizada.

O Seminário realizado em abril de 2008, em São Paulo, pelo instituto Itaú cultural, Agência Espanhola de Cooperação Internacional e o Centro Cultural de Espanha em São Paulo. Uma discussão sobre as linhas de forças para o entendimento da cultura em relação à cidade, diz que: “Na nova governança da cidade um papel de relevo está reservado à cultura. Uma política cultural para a cidade está em vias de definição. Impõe-se uma política de cultura firmada na centralidade da cultura para as políticas públicas, que trate de encontrar soluções para a vida em comum da cidade. Uma convivência entre cultura e cidade precisa ser formulada, num processo de reinvenção do cotidiano (…) a definição de modos culturais criativos de relacionamento com os equipamentos e problemas urbanos; o estímulo à cidade culturalmente diversa; a opção pelo desenvolvimento humano tanto quanto pelo desenvolvimento econômico; o cuidado no respeito e na multiplicação dos direitos culturais renovados com criatividade; o apoio à ideia de uma nova cidade transformada que possa mover a economia, a prioridade da institucionalidade da cultura; a sustentabilidade, traduzir a cultura em vetor da vida cotidiana, é um documento sobre as vivências das cidades que pelo mundo tiveram experiências exitosas no trato da economia da cultura e que conseguiram desenvolver-se, preservar e promover a cultura como identidade, como referência do seu povo e conquistaram uma significativa qualidade de vida promovendo a cultura como vetor do desenvolvimento econômico na medida em que cuidaram de promover a vida dos seus habitantes. A discussão sobre cultura é uma maneira estratégica de pensar sobre nossa sociedade e realiza-se de modos diferentes e contraditórios. O destino de cada agrupamento está marcado pelas maneiras de organizar e transformar a vida em sociedade, superar os conflitos de interesses e tensões geradas na vida social. Cada cultura é o resultado de uma história particular e de suas relações com outras culturas.

É com interesse e expectativa que acreditamos ser possível ir à frente, avançarmos no que diz respeito à cultura, que, promovendo o diálogo com todos os atores e interessados, a gente se reencontre com nossa identidade. É com essa visão e com esse compromisso que estamos contribuindo para trilharmos esse caminho e alcançarmos a promoção do bem estar através da gestão das políticas públicas de cultura, que deverão ser encaminhadas, instituídas e consolidadas na administração da Prefeita Denise na área da cultura.

Assessoria – ARCA