Enquanto isso, a prefeita Corrinha Delfino permanece silenciosa ou, ao menos, não oficialmente articulada sobre qual é seu posicionamento desse futuro político de Zé. Esse silêncio não é neutro: carrega riscos, expectativas e pressão de ambos os lados — dos que a apoiam e dos que aguardam definições.
Aos amigos mais próximos, Corrinha tem confidenciado que, caso Zé Aldemir decida permanecer como pré-candidato a deputado federal, contará com seu apoio integral.
Entretanto, se ele recuar e optar pela disputa de uma vaga na Assembleia Legislativa, o cenário interno tende a se complicar. A avaliação é de que o grupo situacionista se dividirá ao meio: metade acompanharia Zé Aldemir, enquanto a outra metade permaneceria com o deputado Júnior Araújo.
Tudo com a orientação da prefeita, informou um secretário municipal de Cajazeiras.
O silêncio, portanto, pode não ser simples omissão — mas sim uma tática de sobrevivência política. Corrinha parece medir cada passo, consciente de que qualquer declaração antecipada pode afetar o equilíbrio de forças dentro do grupo e comprometer sua própria base administrativa.
Em Cajazeiras, como se sabe, até o silêncio fala.
Fonte: Gilberto Lira – Resenha Politika