Operação Brown Skin: força-tarefa investiga "clínicas" de bronzeamento artificial
De acordo com a investigação, desde o ano de 2009, há no Brasil a proibição da importação, recebimento em doação, aluguel, comercialização e o uso dos equipamentos para bronzeamento artificial, com finalidade estética. Por conta dessa proibição, não há como a Vigilância Sanitária proceder no licenciamento dessa atividade, e essas máquinas acabam sendo adquiridas e instaladas de forma clandestina.
Mesmo assim, a força-tarefa identificou anúncios de bronzeamento artificial propagados pelas redes sociais, garantindo um bronzeamento perfeito e omitindo o uso das máquinas proibidas. Em João Pessoa, por exemplo, foram identificadas “clínicas” em bairros de diferentes condição social, na periferia e na praia.
Medidas cautelares
As medidas cautelares foram solicitadas pela Polícia Civil, a partir de expediente encaminhado pelo diretor-geral do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado da Paraíba (MP-Procon), o promotor de Justiça, Romualdo Dias. O MP-Procon instaurou a Notícia de Fato 001.2023.088721 para apurar a situação com base na provocação da Agevisa, que apontou o uso dos aparelhos vedados por norma da Anvisa (RDC 56/2009), nas três cidades.
A Justiça expediu, então, os mandados de busca e apreensão com vistas à coleta de provas para corroborar a investigação. Foram atingidos dez alvos na capital, dois em CG e um em Cajazeiras. O cumprimento se deu com a participação de 50 agentes públicos, entre policiais civis, auditores fiscais, fiscais da Agevisa e integrantes do Ministério Público/MP-Procon da sede e da regional. A operação foi denominada “Brown Skin” em razão do seu significado ter relação com a busca pela pigmentação da pele.
Assessoria de Comunicação Social - MPPB