Desde o último sábado (15), os aliados e partidários de Corrinha se esforçam para apresentar uma defesa à imprensa e aos cajazeirenses. Os argumentos de defesa estão numa nota publicada no blog do radialista Silvano Dias e que está sendo replicado nos outros blogs e portais da cidade.
Tudo está resumido no segundo parágrafo da nota. Vejam o texto que reproduz declarações da professora numa emissora de rádio de Cajazeiras:
“A professora informou que seu mestrado foi feito fora do Brasil, porém é revalidado pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), em parceria com a UAB (Universidade Aberta do Brasil), através de um sistema instituído pelo Ministério da Educação (MEC)”.
A instituição fora do Brasil na qual, Corrinha teria cursado o mestrado em Ciências da Educação é a ACU-Absolute, dos Estados Unidos, que está proibida de validar certificados no Brasil, segundo nota do Ministério da Educação, conseguida pelo gabinete do deputado Gervásio Filho (PSB).
Observem se essa história não é muito mal contada e está ficando bem cabeluda. Por que com dezenas de faculdades no Brasil, inclusive no Nordeste, oferecendo cursos de mestrado, Corrinha escolheu uma instituição dos Estados Unidos da América para fazer seu mestrado? Quanto custa um curso de mestrado numa instituição de ensino dos Estados Unidos?
Essas duas primeiras questões cobram respostas urgentes.
Mas a história é ainda mais complicada e surgem outras interrogações graves: por que com tanta faculdade séria e legalizada no Brasil, Corrinha vai escolher uma instituição dos Estados Unidos, para fazer seu curso de mestrado que é proibida pelo MEC de fornecer um certificado válido? Seria pelo prazer de jogar dinheiro fora ou é por causa de alguma facilidade ilegal? Como uma pessoa que se diz tão capacitada escolhe um caminho tão tortuoso para conseguir seu certificado de mestrado?
Em sua defesa, Corrinha Delfino informa que o curso de mestrado foi feito fora do Brasil, mas é revalidado pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), em parceria com a UAB (Universidade Aberta do Brasil), através de um sistema instituído pelo Ministério da Educação?
Que sistema é esse que permite que uma pessoa escolha uma instituição que não tem autorização para fazer o curso de mestrado e permite que outras façam a revalidação? Quanto custa esse esquema de revalidação de um certificado que não pode ser reconhecido? Como esse curso foi feito? Qual a qualidade?
São muitas as perguntas. São muitos os mistérios em torno desse caso da professora Corrinha Delfino.
Como é possível, de forma tão fácil, como a professora descreve em sua entrevista, transformar uma coisa ilegal num certificado legal?
A cabeluda história desse certificado sem validade de mestrado da ex-secretária de Educação de Cajazeiras, Corrinha Delfino, que permitiu ela mais do que triplicar seus salários, diante desses últimos questionamentos, começa a assumir a feição de conduta ilícita e a exalar o cheio podre da desonestidade.
Tem mais: é preciso que se registre ainda que esse esquema fraudulento de suposta revalidação de certificados que a professora Corrinha Delfino se refere, segundo a nota publicada nos blogs, já é motivo de uma investigação do Ministério Público Federal do Paraná e de São Paulo e, já existem decisões da Justiça paulista - punindo algumas instituições que se aventuraram a trilhar o caminho visivelmente corrupto de validar certificados de pós-graduação para alimentar interesses pessoais no sistema público de educação brasileiro. Não tem como não pressentir cheiro de caso de polícia - da Polícia Federal (PF) - nesse “esquemão” todo, onde a professor Carrinha Delfino se meteu até a alma.
Para finalizar, um ponto para reflexão: se essa senhora, que é candidata a prefeita da terra da educação, busca um caminho tão duvidoso para conseguir um certificado de mestrado - do que ela não será capaz no comando do Poder Executivo de Cajazeiras?
Redação