A Coordenadora da Comissão, a enfermeira Milêna Wanderley, explica a dinâmica da atuação dos profissionais da equipe em pacientes que necessitam de um olhar especial. “Todos os dias, a nossa equipe faz a busca ativa nos setores de internamento com um olhar voltado para os pacientes que têm risco de adquirir uma lesão cutânea, como também responde os pareceres quando o médico vê a necessidade de atuação da comissão quando o paciente é admitido com uma lesão. Eles solicitam um parecer da comissão e a gente responde indicando a terapêutica de curativo em conjunto com o médico para o paciente”, destaca Milêna.
Além de indicar a terapêutica, os profissionais da Comissão de Pele também realizam os curativos destes pacientes durante todo o período de internamento. No ato da alta hospitalar, e dado orientação e direcionado o paciente e acompanhante para o melhor em casa ou unidade de saúde da família para que o tratamento tenha continuidade, caso o quadro exija necessidade de cuidados.
Segundo Milêna, as lesões de alta complexidade são feridas que apresentam um alto grau de resistência a tratamentos convencionais e podem se tornar crônicas. Elas podem levar a quadros mais graves, como infecção e necrose. “São lesões com alto comprometimento tecidual, dificuldade de regeneração celular, incluindo as lesões oriundas de outras doenças, a exemplo dos diabéticos e pacientes vascular”, explica a enfermeira, ressaltando a importância da capacitação para os profissionais. “A equipe pôde ver, inclusive na prática, como utilizar essa película e ser capacitada para atuar com uma assistência ainda mais assertiva e eficaz no tratamento de lesões beneficiando nossos pacientes”, acrescentou.
O treinamento desta terça-feira, ministrado pela Enfermeira Júlia Buonafina, que tem especialidade em Clínica Médica e Cirúrgica e é pós-graduada em Dermatologia Estética e especialista em pressão negativa, foi sobre uma pele substituta temporária denominada ‘Película Omiderm’. Essa película é indicada em diversos casos de lesão cutânea, a exemplo de queimaduras de primeiro e segundo grau, lesões por pressão, úlcera vascular e síndrome de Stevens-Johnson (SSJ).
Assessoria